Tecnologia
“Avô” do Pokémon Go, Geocaching promove caça ao tesouro pela cidade
Criado em 19/07/16 10h48 e atualizado em 19/07/16 15h52
Por Leyberson Pedrosa Edição:Amanda Cieglinski Fonte:Portal EBC
O mundo da tecnologia está repleto de nomes pouco interessantes à primeira vista. É o caso da geolocalização, técnica que utiliza coordenadas geográficas para determinar algum ponto no mundo offline .
O aplicativo Pokemon Go!, febre nos Estados Unidos, aproveitou a geolocalização para espalhar monstros virtuais que devem ser caçados em várias cidades do mundo. Mas passatempos com geolocalização não são novidade e nem exclusividade do novo jogo.
O mais popular deles é o Geocaching, uma espécie de aventura ao ar livre que une a lógica da caça ao tesouro, atividade física e colaboração.
Dave Ulmer testava a precisão de um gps quando “inventou” o geocaching. Foto: Wikimedia Commons
A história do Geocaching começou em 2000 quando o norte-americano Dave Ulmer escondeu um recipiente apelidado de geocache e divulgou a latitude e longitude exatas do objeto por meio de um navegador por satélite com GPS (Global Position System).
Atualmente, a prática conta com mais de 10 milhões de participantes e 2,5 milhões de recipientes* espalhados pelo mundo à espera de serem encontrados.
A publicitária Juliana Mendes é uma dessas adeptas que entende o passatempo como uma oportunidade de explorar os arredores.
“O legal do geocaching é que você acaba descobrindo um pouco mais da sua cidade. A medida que você vai procurando o tesouro, você pode conhecer novos lugares”, conta.
O que é um geocache
Um geocache pode ser micro, pequeno e normal. Foto: Divulgação
Um geocache é uma espécie de “tesouro” e pode ter tamanho variado e ser escondido conforme a criatividade do jogador.
Dentro dele, é possível encontrar um diário de bordo e algumas bugigangas. “Normalmente, as pessoas deixam algo sem muito valor na caixa e você o troca por outro”, explica Juliana.
Também não há um padrão único de cache, desde que seja um recipiente duro e que possa ser vedado. Latas, potes de sorvete e vasilhas de plástico costumam ser escolhidos pelos praticantes.
Cache achado em árvore no centro de Brasília. Fotos do Logbook.
Há caches que ficam escondidos em galhos de árvores e outros deixados no cume de uma montanha, por exemplo. De acordo com as regras, elas não podem ser enterradas.
Apesar de parecer uma atividade que exige muito esforço físico, você pode começar com um cache com nível de dificuldade para iniciantes.
“No fim, você vai precisar de um navegador GPS ou um smartphone com esse recurso. Você baixa, verifica quais os tesouros e ele dá o mapa. Chegando no local, é ser esperto e procurar”, destaca Juliana, que garante já ter encontrado uma dessas caixas.
Caça do tesouro escondido
Para entender melhor a dinâmica da atividade, optamos por instalar o aplicativo gratuito c:geo, que faz a conexão com o banco de dados do site oficial.
Distante 1km da redação do Portal EBC em Brasília, fomos atrás de um desses cache de tamanho micro. Ele está escondido na Praça do Compromisso, local onde há esculturas em homenagem ao índio Galdino Jesus dos Santos, na 705 Norte.
Vista área do geocache micro escondido na Praça do Compromisso.
Mesmo com as coordenadas exatas do GPS, não conseguimos encontrar o nosso alvo. Porém, descobrimos depois que o Geocaching permite a criação de diários virtuais (logbooks) para registros de pessoas que obtiveram sucesso na busca e para aqueles que não conseguiram.
O logbook auxilia na atualização do objeto em caso de extravios ou danos. Alguns usuários chegaram a bater fotos e dar dicas de onde estão.
Além de socializar, o passatempo também é uma competição. O usuário camoura lidera o ranking brasileiro com 3019 caixas encontradas e 296 escondidas. Em 10º lugar, o usuário chuckwonderland encontrou 35 caixas e escondeu 13.
Trio de jovens mostra geocache achado no maior parque urbano do DF
Riscos e inconvenientes
Assim como ocorre com os personagens virtuais do aplicativo Pokémon Go!, os caches reais podem estar em locais de risco ou em terrenos privados.
Para diminuir riscos ou inconvenientes, a empresa que gere o site possui uma central de atendimento para que se solicite a retirada dos objetos da localização inapropriada.
Na opinião de Juliana, toda tecnologia possui riscos e sempre há pessoas que querem atrapalhar. “Um cache de verdade traz um bilhete pedindo para que as pessoas não joguem a caixa fora ou que avisem caso esteja em lugar indevido”, relata.
Dependendo do nível de dificuldade da busca, o risco pode voltar-se para a segurança física do praticante. Em agosto do ano passado, um homem foi encontrado morto após ter saído para praticar geocaching no Parque Natural das Serras de Aire, em Portugal.
Turistas em busca de geocaches
As caches brasileiras também são bastante exploradas por estrangeiros. No logbook de outro cache escondido no maior parque urbano de Brasilia, a maioria dos registros virtuais era de estrangeiros.
O usuário alemão knarf48, por exemplo, disse que “durante uma curta viagem a negócios em Brasília eu encontrei este agradável cache.”
Com o início dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, essa procura estrangeira deve aumentar no país, contudo caixas vedadas podem gerar preocupação para turistas e autoridades locais.
Consultada sobre possíveis usos inapropriados por terroristas, a equipe do Geocaching.com respondeu que atua em parceria com agentes da lei e que incentiva geocachers certos cuidados para que não gere suspeitas indevidas.
“Nos encorajamos os geocachers a usarem recipientes de plástico transparente claramente rotulados como geocaches para que tanto outros geocachers como agentes da lei estejam cientes do conteúdo desse recipiente”, detalhou Chris Ronan, gerente do Geocaching.
Confira as cinco regras* para a prática do Geocaching:
1) Um geocacher deve esconder um geocache, listá-lo no site geocaching.com e desafiar outros geocachers para encontrá-lo;
2) Dentro de um geocache deve ter, no mínimo, um diário de bordo para que as pessoas registrem sua descoberta. A experiência pode ser registrada virtualmente para gerar sua pontuação;
3) Alguns geocaches possuem pequenas bugigangas para troca. Se alguém levar algo de um geocache, deve substituí-lo por outro de valor igual ou superior;
4) Todo geocache deve ser devolvido para o mesmo lugar que foi encontrado.
5) Os geocaches nunca devem ser enterrados.
*Informações do Press kit do Geocaching.com;
**Juliana Mendes participou de entrevista para o Programa Ponto Com Ponto Br..
Creative Commons – CC BY 3.0
Notícias
Maior superlua em quase 70 anos pode ser observada nesta segunda-feira
O fenômeno por definição ocorre no momento da lua cheia, que será às 11h54 – nesta hora, o satélite estará a 363.338 km da Terra.

Criado em 13/11/16 11h12 e atualizado em 13/11/16 11h18
Por Líria Jade Fonte:Portal EBC
Nesta segunda (14), será possível observar a maior Superlua em quase 70 anos. Neste dia, a Lua se encontrará a 48,2 mil quilômetros mais próxima da Terra do que quando esteve recentemente no seu apogeu – que é o ponto mais distante da órbita. O satélite não chegava tão perto assim desde 1948 e não voltará a fazê-lo até 2034.
A superlua, contudo, não será no momento do perigeu, que ocorrerá às 9h21 (horário de Brasília). O fenômeno por definição ocorre no momento da lua cheia, que será às 11h54 – nesta hora, o satélite estará a 363.338 km da Terra.
Com exceção do eclipse da Superlua de 2015, não houve nem haverá por muito tempo uma Lua Cheia tão especial, mesmo que curiosamente tenhamos tido três Superluas consecutivas em três meses, a anterior ocorreu em 16 de outubro e a última será no dia 14 de dezembro.
Como isso acontece?
Como em qualquer outra Lua Cheia, o corpo celeste parece maior e mais brilhante quando aparece no horizonte. E o mesmo ocorre com as Superluas. Ainda que elas apareçam 14% maiores e 30% mais luminosas que as luas cheias comuns, são mais surpreendentes quando estão na linha do horizonte e não altas, no céu.
Isso acontece porque a órbita da lua não é um círculo perfeito, então em alguns pontos de sua órbita ela parece estar mais próxima do planeta Terra. “Quando a lua está em seu ponto mais distante isso é conhecido como apogeu e quando está mais perto é chamado de perigeu”, explica o cientista da Nasa Noah Petro.
No perigeu, a lua está cerca de 48 mil quilômetros mais perto da Terra do que no apogeu. Essa proximidade faz com que a lua pareça 14% maior e 30% mais brilhante do que uma lua cheia do apogeu. Por isso, a lua cheia do perigeu ficou conhecida como Superlua.
* Com informações da Nasa
Creative Commons – CC BY 3.0
Notícias
Artistas sírios denunciam horrores da guerra com imagens de pokémons
O conflito, que dura mais de cinco anos, já deixou mais de 280 mil mortos e causou o êxodo de mais de metade da população.

Criado em 22/07/16 17h19 e atualizado em 22/07/16 17h22
Por RFI Fonte:RFI
Para sensibilizar o mundo dos horrores da guerra, artistas sírios têm reinterpretado as imagens do conflito com pokémons chorando entre ruínas ou ao lado de extremistas, inspirados no jogo Pokémon Go, que se tornou uma febre mundial.
Esse é o caso das fotos que mostram crianças sírias com um cartaz com uma das criaturas imaginárias e uma mensagem pedindo ajuda para que as salvem da guerra. O conflito, que dura mais de cinco anos, já deixou mais de 280 mil mortos e causou o êxodo de mais de metade da população.
“Eu sou de Kafranbel, salvem-me”, diz um dos cartazes com o Pikachu, o famoso pokémon amarelo. Essa cidade, localizada em Idleb (noroeste), província nas mãos da facção síria da Al-Qaeda e de seus aliados rebeldes, tem sido alvo frequente de bombardeios do regime sírio e de seu aliado russo.
Urso de pelúcia
Já o jovem webdesigner sírio Saif Aldeen Tahhan, que reside na Dinamarca, criou imagens nas quais, em vez de personagens como Pikachu, um urso de pelúcia aparece perto de um corpo sem vida, um livro em uma sala de aula destruída por bombas ou um salva-vidas flutuando perto de um barco inflável cheio de refugiados.
“Espero que a mensagem alcance o mundo inteiro, e os sírios possam encontrar segurança”, escreveu em sua página no Facebook.
Nesta sexta-feira (22), o artista e fotógrafo sírio Khaled Akil publicou em seu blog fotografias modificadas, na qual o pokémon Charizard aparece sobre um taque dos extremistas do Estado Islâmico (EI) e um Pikachu, triste, perto de um carro queimado.
Creative Commons – CC BY 3.0
Notícias
Moraes suspende julgamento sobre entrega de dados do Google

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu vista e suspendeu o julgamento de um recurso do Google para evitar a quebra de sigilo de pessoas que teriam buscado informações sobre a vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018.
O caso começou a ser julgado na semana passada no plenário virtual da Corte. Antes da interrupção provocada pelo pedido de vista, somente a relatora, ministra Rosa Weber, proferiu voto.
A defesa da plataforma recorreu ao Supremo após a Justiça determinar a identificação dos dados de um grupo indeterminado de pessoas que fizeram pesquisas sobre a vereadora dias antes do assassinato. A medida foi tomada na investigação que apura os mandantes do crime.
Ao analisar a questão, antes da aposentadoria, Rosa Weber destacou a importância da investigação, mas entendeu que quebra de sigilo indiscriminada é desproporcional e pode atingir até usuários comuns que procuraram informações sobre a morte da vereadora devido à repercussão na imprensa.
“Um número gigantesco de usuários não envolvidos em quaisquer atividades ilícitas, nos termos da decisão objurgada, teria seus sigilos afastados, a demonstrar indevida devassa e a sua absoluta desproporcionalidade em razão do excesso da medida”, argumentou a ministra.
Não há previsão para retomada do julgamento.
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