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Colonos israelenses atacam vila palestina após ação mortal do Hamas

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Colonos israelenses atacaram cidades palestinas na Cisjordânia ocupada durante a noite desta terça-feira (20), incendiando prédios e carros em uma aparente retaliação pela morte de quatro israelenses pelo Hamas perto de um assentamento no dia anterior, disseram moradores e autoridades.

Yaqoub Oweis, presidente do conselho da vila de Al-Lubban Al-Sharqeya, disse que um grande grupo de colonos realizou os ataques, enquanto soldados e policiais israelenses ficaram a postos, queimando um posto de gasolina, pomares, uma fábrica de cimento e dezenas de carros.

“O ataque foi sem precedentes e anormal”, declarou ele. “Houve tiroteio pesado, mas não conseguimos distinguir se vinham dos colonos ou dos soldados por causa da escuridão.”

Ataques também foram relatados em outras cidades e vilas da Cisjordânia.

A mais recente onda de violência, após dias de relativa calma, deixa clara a volatilidade do território ocupado por Israel, onde por mais de um ano os militares conduzem varreduras regulares levando a repetidos confrontos com combatentes palestinos.

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Os palestinos reclamam repetidamente de ataques de colonos na Cisjordânia, questão que atraiu crescente preocupação internacional, principalmente após tumulto na cidade de Huwara neste ano.

Os ataques noturnos ocorreram horas depois de dois homens armados dispararem contra um restaurante de beira da estrada e um posto de gasolina perto do assentamento de Eli, matando quatro israelenses em ação que o Hamas – grupo islâmico que governa Gaza – disse ter sido uma resposta a uma grande operação israelense na cidade de Jenin na segunda-feira (19).

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Internacional

Elon Musk deixa governo Trump e encerra mandato turbulento

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O bilionário Elon Musk, presidente executivo da Tesla, está deixando o governo Trump após liderar uma tumultuada campanha de eficiência, durante a qual derrubou várias agências federais, mas acabou não conseguindo realizar as economias geracionais que buscava.

Seu “desligamento começará hoje à noite”, disse uma autoridade da Casa Branca à Reuters nessa quarta-feira (28), confirmando a saída de Musk do governo. Ontem, Musk usou sua plataforma de mídia social X para agradecer ao presidente Donald Trump, à medida que seu tempo como funcionário especial do governo no Departamento de Eficiência Governamental (Doge) chegava ao fim.

A saída foi rápida e sem cerimônia. Ele não teve uma conversa formal com Trump antes de anunciar a partida, de acordo com uma fonte com conhecimento do assunto, que acrescentou que a saída foi decidida “em nível sênior da equipe”.

Embora as circunstâncias exatas de sua saída não tenham ficado imediatamente claras, ele sai um dia depois de criticar o projeto de lei tributário de Trump, chamando-o de muito caro e de uma medida que prejudicaria seu trabalho com o Serviço do Departamento de Eficiência Governamental.

Algumas autoridades graduadas da Casa Branca, incluindo o vice-chefe de gabinete, Stephen Miller, ficaram particularmente irritadas com esses comentários, e a Casa Branca foi forçada a ligar para senadores republicanos para reiterar o apoio de Trump ao pacote, disse uma fonte familiarizada com o assunto.

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Embora Musk continue próximo ao presidente, sua saída ocorre após queda gradual, mas constante, em sua posição.

Após a posse de Trump, o bilionário emergiu rapidamente como força poderosa na órbita de Trump: hipervisível, impetuoso e livre de normas tradicionais. Na Conferência de Ação Política Conservadora, em fevereiro, ele mostrou uma motosserra metálica vermelha para receber aplausos. “Esta é a motosserra da burocracia”, declarou.

Na campanha eleitoral, Musk disse que o Doge conseguiria cortar pelo menos US$ 2 trilhões em gastos federais. Atualmente, o Doge estima que seus esforços tenham economizado US$ 175 bilhões até o momento, um número que a Reuters não conseguiu verificar de forma independente.

Musk não escondeu sua animosidade em relação à força de trabalho federal. Previu que a revogação do “privilégio da era covid” do teletrabalho desencadearia “uma onda de demissões em massa voluntárias que nós saudamos”.

Mas alguns membros do gabinete que inicialmente abraçaram a energia de Musk como alguém de fora passaram a desconfiar de suas táticas. Com o passar do tempo, eles se tornaram mais confiantes para reagir aos cortes de pessoal, incentivados pelo lembrete de Trump, no início de março, de que as decisões sobre a equipe cabiam aos secretários de departamento e não a Musk.

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Musk entrou em conflito com três dos membros mais graduados do gabinete de Trump — o secretário de Estado, Marco Rubio, o secretário de Transportes, Sean Duffy, e o secretário do Tesouro, Scott Bessent. Ele chamou o assessor comercial de Trump, Peter Navarro, de “idiota” e “mais burro do que um saco de tijolos”. Navarro rejeitou os insultos, dizendo: “Já me chamaram de coisas piores”.

Ao mesmo tempo, Musk começou a dar a entender que seu período no governo chegaria ao fim, conforme expressava frustração por não poder cortar gastos de forma mais agressiva.

Em teleconferência da Tesla, em 22 de abril, sinalizou que reduziria significativamente seu trabalho no governo para se concentrar em seus negócios.

“A situação da burocracia federal é muito pior do que eu imaginava”, disse Musk ao The Washington Post esta semana. “Eu achava que havia problemas, mas com certeza é uma batalha difícil tentar melhorar as coisas, para dizer o mínimo.”

O mandato de 130 dias de Musk como funcionário especial do governo na administração Trump estava previsto para expirar por volta de 30 de maio. O governo disse que os esforços do Doge para reestruturar e reduzir o governo federal continuarão.

*(Reportagem adicional de Kanjyik Ghosh)

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Internacional

Rádios públicas dos EUA processam Trump após corte de verbas

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Emissoras de rádio públicas dos Estados Unidos, incluindo a NPR (National Public Radio), entraram com processo judicial contra o governo de Donald Trump por causa de um corte de verbas que afetou as empresas de comunicação. 

A  decisão do corte foi tomada por meio de uma  ordem executiva da Casa Branca, que orientou a Corporation for Public Broadcasting (CPB) a parar de financiar as emissoras. A CPB administra os investimentos do governo federal em radiodifusão pública e é a maior fonte de financiamento para essas emissoras. 

Com a ordem executiva, a Casa Branca proíbe o uso de fundos aprovados pelo Congresso pela NPR e pela PBS (rede de televisão americana de caráter educativo e cultural que também estuda entrar com processo).

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Recursos

O decreto executivo de Trump, emitido em 1º de maio, assumiu a forma de uma diretiva ao conselho do CPB, que distribui mais de US$ 500 milhões por ano para emissoras públicas, principalmente locais. Por lei, três quartos desse dinheiro são destinados à televisão e um quarto ao rádio.

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“Nem sempre fica claro quando o governo agiu com propósito retaliatório, violando a Primeira Emenda (que garante a liberdade de expressão)”, dizem os autores do processo, no qual as empresas alegam que está sendo usurpado o poder do Congresso de determinar como o dinheiro federal será gasto. 

Processo

O processo cita como réus o presidente Trump, o diretor de Orçamento da Casa Branca, Russell Vought, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, e a presidente do Fundo Nacional para as Artes, Maria Rosario Jackson.

Para as empresas, a ordem executiva é uma violação da Constituição e das proteções da Primeira Emenda à liberdade de expressão e associação, e à liberdade de imprensa.

As três estações locais que se juntaram à NPR no processo foram a Colorado Public Radio, a Aspen Public Radio e a KSUT. O caso foi atribuído ao juiz Randolph Moss, do Tribunal Distrital dos EUA.

Outro lado

O porta-voz da Casa Branca, Harrison Fields, acusou, nesta semana, a Radiodifusão Pública (CPB) de estar “criando meios de comunicação para apoiar um determinado partido político às custas dos contribuintes”. 

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Por isso, o porta-voz afirmou que Trump exerce a autoridade legal para limitar o financiamento à NPR e à PBS. “O presidente foi eleito com o mandado de garantir o uso eficiente do dinheiro dos contribuintes e continuará a usar sua autoridade legal para atingir esse objetivo”, acrescentou.

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Internacional

Bloqueio de Israel a palestinos na Cisjordânia é o maior em 20 anos

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Um estudo das Nações Unidas (ONU) publicado nesta terça-feira (27) aponta que os bloqueios de Israel para a circulação de palestinos na Cisjordânia ocupada, incluindo Jerusalém Oriental, atingiram o maior número dos últimos 20 anos, afetando cerca de 3,3 milhões de pessoas.

Foram registrados 849 postos de controle que restringem a mobilidade da população, limitando o acesso a terras, trabalho e serviços de saúde e educação. 

Os dados do Escritório para Assuntos Humanitários da ONU (Ocha) se referem aos meses de janeiro e fevereiro deste ano.

>> Clique aqui para acessar a íntegra do estudo em inglês

“No geral, este período [desde o início da guerra em Gaza] testemunhou uma intensificação das restrições à circulação, incluindo um aumento no número de portões rodoviários e postos de controle parciais que são frequentemente fechados, atrasos prolongados nos postos de controle e um aumento notável no número de postos de controle móveis”, diz o documento.

De 2020 a 2024, o número de bloqueios na Cisjordânia aumentou 43%. Dos 849 bloqueios, 36 foram instalados a partir de dezembro do ano passado até fevereiro de 2025. 

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Já os bloqueios em rodovias aumentaram, com a instalação de 29 novos portões, chegando a 288 no total. “Destes, cerca de 60% (172) são portões frequentemente fechados”, diz a Ocha.

A especialista no conflito Israel-Palestina Moara Crivelente afirmou à Agência Brasil que os bloqueios de Israel na Cisjordânia não são novos e servem para fragmentar o território palestino, com o objetivo de colonizar e anexar toda a área.

“Os sucessivos governos de Israel estiveram empenhados nisso pelo menos desde 1967, quando Israel ocupou o restante da Palestina durante um governo do Partido Trabalhista. Não é apenas uma prática dos extremistas”, disse, referindo-se ao governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que conta com apoio de partidos de extrema-direita e fundamentalistas.
 

Privação de direitos

A organização da ONU alerta que os bloqueios na Cisjordânia privam os palestinos de uma série de direitos humanos e cita o bloqueio de 4 de fevereiro de 2025 das estradas que conectavam o norte do Vale do Jordão com áreas da província de Tubas.

“Isso obstruiu significativamente o movimento de mais de 60 mil palestinos para locais de trabalho, mercados, unidades de saúde e escolas, além de afetar negativamente as atividades econômicas”, ressalta o relatório.

Outro bloqueio obrigou cerca de 140 professores e funcionários de escolas a desviarem o trajeto para o trabalho, aumentando os gastos com transporte e o tempo de viagem de 30 minutos para 2 horas, prejudicando a educação de 1,1 mil alunos nas aldeias de Bardala, Kardalla e Al Malih.

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“Todos os dias, suportamos horas de espera, tratados mais como objetos do que como humanos, apenas para chegar às nossas salas de aula e nos esforçarmos para ensinar, na esperança de dar aos nossos filhos um futuro melhor do que o nosso presente”, disse um professor afetado pelos bloqueios.  

Palestinos relataram ainda o aumento das restrições para acesso à Jerusalém Oriental, anexada por Israel e considerada território palestino pelo direito internacional. 

A Ocha diz que as restrições são marcadas por processos lentos de verificação e fechamento frequente dos portões.

“Isso aumentou significativamente o tempo de viagem e interrompeu gravemente a circulação de dezenas de milhares de palestinos que se deslocam entre a Cisjordânia central e Jerusalém Oriental e o Sul da Cisjordânia”, descreveu o levantamento.

Profissionais de saúde denunciaram ainda que a permanente espera em postos de controle tem afetado o trabalho de atendimento em emergências, incluindo casos de assédio, intimidação e agressão física por parte das forças israelenses.

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“Os soldados insistiram que trouxéssemos de volta o paciente que tínhamos acabado de transferir. Eles danificaram a ambulância e retiveram nossa equipe por mais de uma hora. Todos os dias saio de casa pensando que pode ser o meu último”, disse um paramédicos entrevistado pela equipe da Ocha.

Apartheid

A pesquisadora Moara Crivelente, que é diretora do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz), ressaltou que os bloqueios são denunciados pela ONU e seus especialistas há anos, configurando uma prática de apartheid.

“Isso serve à expansão das colônias, que depende da expulsão da população palestina das suas terras e vilas, e uma das maneiras de Israel fazer isso é criando um ambiente coercivo que torna a vida impossível”, avalia.

Crivelete diz que os bloqueios separam os agricultores das terras de cultivo e lembra do muro da segregação que Israel começou a construir em 2002 e que tem cerca de 750 quilômetros extensão.

“O muro capturando vastas porções de terra palestina e outros recursos vitais como a água [foi construído] alegando motivos de segurança, quando as razões reais são a expulsão e o despojo da população palestina”, completou a pesquisadora da Universidade de Coimbra, em Portugal.
 

Janeiro de 20205: Palestinos aguardam em fila de veículos, depois que as forças israelenses fecharam o posto de controle de Attara, em Ramallah, na Cisjordânia – Reuters/Issam Rimawi/Proibida reprodução
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Israel nega qualquer regime de apartheid e, frequentemente, justifica os postos de controle e bloqueios como necessários para a segurança do Estado de Israel e dos israelenses que vivem ilegalmente na Cisjordânia, diante das ameaças de “terrorismo”. 

Estima-se que mais de 700 mil colonos ocupem a região considerada território palestino pelo direito internacional.

Nessa semana, o governo israelense ameaçou anexar definitivamente partes da Cisjordânia caso o Reino Unido, França e outros estados europeus reconheçam o Estado palestino. 

As ações de Israel em Gaza têm levado históricos aliados de Tel-Aviv a condenar as operações no enclave e endossarem a construção do Estado palestino independente.

Nessa segunda-feira, a Marcha da Bandeira promovida por israelenses na parte Oriental de Jerusalém confrontou palestinos na capital que deveria ser dividida entre os palestinos e israelenses. Porém, Israel considera Jerusalém sua capital indivisível, e conta com o apoio dos Estados Unidos (EUA).

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História

Em 1948, com a criação do Estado de Israel, mais de 700 mil palestinos foram expulsos de suas terras. Muitas dessas famílias ou seus descendentes vivem em Gaza ou em assentamentos na Cisjordânia. 

Ao contrário de Israel, nunca foi criado um Estado palestino, conforme previa a resolução da ONU que sugeriu a divisão da Palestina entre dois Estados.

Após várias guerras e diversos levantes palestinos contra a ocupação dos seus territórios históricos, foram assinados os Acordos de Oslo, em 1993, que previam a criação do Estado palestino. 

Porém, os compromissos nunca foram cumpridos. Desde então, a ocupação da Cisjordânia por colonos israelenses só tem aumentando, medida considerada ilegal pelo direito internacional.

Segundo os Acordos de Oslo, Israel controlaria a área C da Cisjordânia, que representa 60% do território, com a área B com serviços prestados pela Autoridade Palestina e a segurança sob controle de Israel. Já a área A ficou totalmente sob controle dos palestinos, representando apenas 18% da área total.
 

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Em 7 de outubro de 2023, o grupo Hamas invadiu vilas e comunidades israelenses matando 1,2 mil pessoas e sequestrado outras 220, em uma ação que seria uma resposta ao cerco de 17 anos contra Gaza e contra a ocupação da Palestina.

Desde então, Israel iniciou uma ofensiva sem precedentes contra Gaza devastando a maior parte do território, deslocando a maior parte da população civil e assassinando mais de 53 mil pessoas. 

Ao mesmo tempo, Israel avança na Cisjordânia tendo já deslocado mais de 40 mil pessoas.

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