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Prefeitos realizam atos na França após protestos contra morte de jovem

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“Reuniões de cidadãos” foram realizadas do lado de fora de prefeituras em toda a França, nesta segunda-feira (3), após uma onda de tumultos desencadeada pela morte a tiros de um adolescente de ascendência norte-africana pela polícia em uma blitz de trânsito.

A polícia fez 160 prisões durante a noite, oferecendo algum alívio ao presidente Emmanuel Macron no esforço para restabelecer a ordem, apenas alguns meses após protestos contra uma reforma previdenciária impopular e um ano antes de o país sediar a Olimpíada de 2024.

A morte de Nahel, um jovem de 17 anos com pais argelinos e marroquinos, despertou uma veia profunda de ressentimento contra a polícia nos subúrbios pobres e racialmente mistos das principais cidades francesas – conhecidos como banlieues –, onde comunidades muçulmanas de descendentes de norte-africanos, em particular, há muito tempo acusam a polícia de discriminação racial e táticas violentas.

Desde a morte do jovem na última terça-feira, os manifestantes incendiaram carros, saquearam lojas e atacaram prefeituras, escolas e propriedades estatais. Os subúrbios de Paris e Marselha, no sul, têm sido focos de conflito.

O que começou como uma revolta nos prédios principais dos banlieues se transformou em uma manifestação mais ampla de ódio e raiva contra o Estado e a violência oportunista.

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A agitação, no entanto, não gerou o tipo de exame de consciência do governo sobre questões raciais que se seguiu à turbulência por incidentes semelhantes em outros países ocidentais, como os protestos do Black Lives Matter, nos Estados Unidos, ou distúrbios raciais no Reino Unido.

Em vez disso, o governo francês aponta para a falta de privilégios em bairros urbanos de baixa renda e a delinquência juvenil, reflexo da crença do Estado de que os cidadãos estão unidos sob uma única identidade francesa, independentemente de raça ou etnia.

O ministro do Interior, Gerald Darmanin, mirou as famílias que permitiram que crianças causassem estragos nas ruas, dizendo que a média dos presos era de 17 anos, com alguns de até 12 anos.

Cerca de 45 mil policiais seriam mobilizados pela quarta noite consecutiva, disse ele, na tentativa de conter os distúrbios que já viram mais de 5,6 mil carros incendiados, 1 mil propriedades privadas incendiadas ou danificadas e 250 delegacias de polícia atacadas.

Calma

A avó de Nahel disse no domingo (2) que os manifestantes estavam usando sua morte como desculpa para causar confusão: “Não queremos que eles destruam as coisas”, disse ela à BFM TV.

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“Nahel está morto, isso é tudo que existe.”

Uma campanha de crowdfunding lançada por um polêmico grupo de extrema-direita para o policial que disparou contra o adolescente arrecadou mais de 1 milhão de euros até esta segunda-feira.

Na cidade de Persan, ao sul de Paris, onde manifestantes quebraram as janelas da prefeitura e danificaram sua fachada em um incêndio criminoso, dezenas de moradores manifestaram-se contrários à agitação: uma das diversas “reuniões de cidadãos” semelhantes em todo o país nesta segunda-feira.

“Deixe que esses malfeitores ouçam e saibam que o ódio nunca prevalecerá”, disse o prefeito Valentin Ratieuville.

Alguns espectadores se envolveram em um debate acirrado sobre quem era o culpado pela agitação, revelando as divisões sobre identidade que permeiam a sociedade francesa.

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“Devemos cortar tudo, bolsas de família, tudo relacionado a subsídios sociais. Vamos lá! Se eles não estão felizes, eles voltam para casa em seu país”, disse um aposentado que se identificou como Alain.

“Sim, senhor, mas deixe-me dizer uma coisa. Eles podem ter origens estrangeiras, ancestrais estrangeiros, mas essas crianças são francesas”, respondeu Fatma, com a cabeça coberta por um lenço islâmico.

Em meados de abril, Macron deu a si mesmo 100 dias para trazer a reconciliação e a unidade a um país dividido depois de greves e protestos às vezes violentos contra o aumento da idade de aposentadoria, que havia prometido em sua campanha eleitoral.

Macron adiou uma visita de Estado à Alemanha para lidar com a crise. Ele deveria se encontrar com os líderes do parlamento na segunda-feira e com mais de 220 prefeitos de vilas e cidades que foram afetadas pelos distúrbios na terça-feira.

*É proibida a reprodução deste conteúdo

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Internacional

Incêndio florestal em Nova Jersey pode se tornar o maior do estado

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Um incêndio florestal extenso em Pinelands, em Nova Jersey, próximo a cidades litorâneas do Oceano Atlântico, pode se tornar o maior do estado em cerca de 20 anos, já tendo consumido cerca de 4.700 hectares, informaram autoridades. 

O incêndio florestal de Jones Road se espalhou em menos de 24 horas e estava 30% contido, disse o Serviço de Bombeiros de Nova Jersey em postagem na rede X. Acrescentou que o fogo não está mais ameaçando áreas povoadas.

O incêndio pode se tornar o maior de Nova Jersey em cerca de 20 anos, informou Shawn LaTourette, comissário de proteção ambiental do estado. Um incêndio em maio de 2007 na mesma área consumiu cerca de 6.900 hectares.

A vice-governadora Tahesha Way decretou estado de emergência nessa quarta-feira, já que o governador Phil Murphy está em viagem ao exterior.

“Neste momento, não houve perda de vidas e nenhuma casa foi danificada”, disse Way no X na manhã dessa quarta.

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Até agora, em 2025, Nova Jersey teve quase o dobro de incêndios florestais do que o normal, com 662 incêndios florestais queimando 6.700 hectares.

O incêndio começou na terça-feira na Greenwood Forest Wildlife Management Area, perto dos municípios de Lacey, Ocean e Barnegat, no condado de Ocean, aproximadamente na metade do caminho entre Asbury Park e Atlantic City. A área, com população estimada de 64 mil habitantes, fica a cerca de 24 quilômetros da costa do Oceano Atlântico.

Os moradores foram forçados a deixar suas moradias na terça-feira, mas as ordens de retirada foram suspensas ontem. Além disso, um trecho da Garden State Parkway, uma importante rodovia norte-sul, foi fechado na terça-feira, mas reaberta nessa quarta.

A causa do incêndio continua sendo investigada, e não há um cronograma para a contenção total.

Espera-se que o fogo continue a queimar por vários dias até que chova, disseram os bombeiros de Nova Jersey.

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Internacional

Papa Francisco: velório aberto começa amanhã, funeral será no sábado

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Nesta quarta-feira (23), o caixão com o corpo do papa Francisco será trasladado da capela da Casa de Santa Marta para a Basílica de São Pedro, onde fieis poderão despedir-se do pontífice. As informações foram divulgadas pelo Vaticano.

Em nota, a Santa Sé informou ainda os horários para visitação de fiéis à Basílica de São Pedro: na quarta-feira, das 11h à meia-noite; na quinta-feira (24), das 7h à meia-noite; e na sexta-feira (25), das 7h às 19h.

O funeral de Francisco foi agendado para o próximo sábado (26), a partir das 10h, na própria Basílica de São Pedro. De lá, o caixão contendo o corpo será levado para a Basílica de Santa Maria Maior, onde será sepultado, conforme pedido do pontífice.

A cerimônia, conhecida como Missa de Exéquias, marca o primeiro dia do Novendiali ou nove dias de luto e orações em honra ao papa. A celebração, no átrio da basílica, será presidida pelo cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio Cardinalício.

Ao final, ocorrerão os ritos da Última Commendatio e da Valedictio — despedidas solenes que marcam o encerramento das exéquias.

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Internacional

Ataques aéreos israelenses matam 10 em escola com desabrigados

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Um ataque aéreo israelense a uma escola que abrigava famílias desabrigadas no norte de Gaza matou pelo menos 10 pessoas, enquanto outro atingiu um hospital infantil, informaram autoridades de saúde locais, elevando o número de mortos nesta quarta-feira (23) para 20.

Os médicos disseram que o ataque aéreo à Escola Yaffa, na área de Tuffah, na cidade de Gaza, incendiou barracas e salas de aula. Não houve comentário israelense sobre o ataque à escola.

Alguns móveis ainda estavam em chamas várias horas após o ataque, enquanto as pessoas vasculhavam as salas de aula e o pátio da escola em busca de seus pertences.

“Estávamos dormindo e de repente algo explodiu, começamos a procurar e encontramos toda a escola em chamas, as barracas aqui e ali estavam em chamas, tudo estava em chamas”, disse a testemunha Um Mohammed Al-Hwaiti.

“As pessoas estavam gritando e os homens estavam carregando pessoas carbonizadas, crianças carbonizadas, estavam caminhando e dizendo: ‘Querido Deus, querido Deus, não temos ninguém além de você’ O que podemos dizer? Querido Deus, somente”, afirmou ela à Reuters.

Os médicos disseram que pelo menos mais 10 pessoas foram mortas em ataques israelenses separados no enclave.

Desde o colapso do cessar-fogo de janeiro, em 18 de março, os ataques israelenses mataram mais de 1.600 palestinos, de acordo com as autoridades de saúde de Gaza, e centenas de milhares de pessoas foram forçadas a deixar suas casas, à medida que Israel se apoderou do que chama de zona tampão das terras de Gaza.

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UTI danificada

Nesta quarta-feira, o Ministério da Saúde de Gaza disse que um míssil israelense também atingiu o prédio superior do Hospital Infantil Durra, na Cidade de Gaza, danificando a unidade de terapia intensiva e destruindo o sistema de painéis solares que alimenta a instalação com energia. Ninguém morreu no ataque ao hospital.

O sistema de saúde de Gaza está próximo do colapso devido ao bloqueio israelense a todos os suprimentos para a cidade, inclusive combustível e eletricidade, desde o início de março, quando as operações militares foram retomadas.

O governo israelense afirma que o bloqueio tem como objetivo pressionar os militantes do Hamas, que comandam Gaza, a libertar os 59 reféns israelenses restantes capturados nos ataques de outubro de 2023 que precipitaram a guerra. O Hamas afirma que está disposto a libertá-los, mas somente como parte de um acordo que ponha fim à guerra.

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