Política
Lula conversa com presidentes do Irã e da Turquia sobre Gaza

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, nesta terça-feira (17), um telefonema do presidente do Irã, Ebrahim Raisi, para tratar sobre o conflito entre Israel e o grupo extremista palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza, no Oriente Médio. Lula defendeu a libertação dos reféns em Gaza e a criação de um corredor humanitário para permitir o envio de ajuda aos civis.
De acordo com nota divulgada pela Presidência, o presidente falou do grupo de brasileiros que aguarda a saída da Faixa de Gaza, próximos a fronteira com o Egito, e sua preocupação com as mulheres e crianças da região que sofrem com o conflito.
“O presidente Lula pediu que fosse feito o possível para um consenso que criasse um corredor humanitário e fez um apelo pela libertação de todos os reféns, que seria o melhor sinal para um apelo pelo fim dos bombardeios em Gaza”, diz a nota.
“O mais importante é termos a condição para mulheres, crianças e idosos não sofram as consequências daqueles que querem guerra”, destacou Lula ao presidente iraniano, segundo a nota. “Eu fico triste quando vejo a dificuldade do povo pobre construir uma casa, um hospital, e como isso é facilmente destruído na guerra”, acrescentou o presidente.
Ainda segundo o Palácio do Planalto, o presidente do Irã defendeu o fim imediato dos bombardeios de Israel e o fim do bloqueio da Faixa de Gaza. O ayatollah Ali Khamenei, autoridade máxima iraniana, já negou que o país tenha estado por trás do ataque lançado no último dia 7 pelo Hamas contra Israel, mas reforçou o apoio do Irã aos palestinos.
O grupo extremista lançou um ataque surpresa de mísseis contra Israel e a incursão de combatentes armados por terra, matando civis e militares e fazendo centenas de reféns. Em resposta, Israel bombardeou várias infraestruturas do Hamas em Gaza e impôs um cerco total ao território, com o corte de abastecimento de água, combustível e energia elétrica.
O Ministério da Defesa israelense informou ainda que pretende ocupar a Faixa de Gaza por terra. Os ataques já provocaram milhares de mortos, feridos e desabrigados nos dois territórios.
Entenda a origem do conflito no Oriente Médio
Hoje, o Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) retoma a reunião em que se discute a situação humanitária na Faixa de Gaza e uma possível trégua entre Israel e o Hamas. Os países integrantes do conselho devem analisar e votar a proposta do Brasil para reduzir as hostilidades na Faixa de Gaza.
Diálogo com a Turquia
O presidente Lula também conversou, nesta terça-feira, com o presidente da Turquia, Recep Erdogan, sobre o conflito no Oriente Médio. Novamente, o brasileiro reforçou a necessidade de um cessar fogo e da criação de um corredor humanitário, para a saída dos estrangeiros pela fronteira do Egito, para a entrada de alimentos e remédios, e para a libertação de todos os reféns.
“Ambos os presidentes concordaram que são inaceitáveis os ataques contra civis. O presidente turco falou do envio de ajuda humanitária para Gaza”, afirmou o Palácio do Planalto, em nota.
Lula ainda pediu ajuda para a liberação de cerca de 30 cidadãos brasileiros que estão aguardando a saída de Gaza. Segundo a Presidência, o presidente Erdogan se dispôs a ajudar no que puder pela saída dos brasileiros.
Política
Plataformas retiram postagens falsas após serem acionadas pela AGU

A Advocacia-Geral da União (AGU) confirmou nesta quinta-feira (15) que as plataformas Meta (Facebook, Instagram e Facebook) e TikTok removeram postagens falsas relacionadas à viagem da comitiva do presidente Luiz Inácio da Silva para a Rússia.
Ontem (14), a AGU notificou as plataformas para retirarem das redes sociais, no prazo de 24 horas, mensagens falsas que afirmavam que a primeira-dama, Janja Lula da Silva, teria embarcado com 200 malas com dinheiro desviado do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e que teria sido presa.
Nas notificações enviadas às plataformas, a AGU enviou os links com as respectivas postagens falsas e afirmou que a manutenção de postagens com desinformação contraria os termos de uso das plataformas e atentam contra a democracia.
“Trata-se de conteúdo desinformativo com potencial de vulnerar a estabilidade institucional e de comprometer a integridade das políticas públicas tuteladas pela União”, sustentou a AGU.
Política
Golpe: agente da PF disse que se preparava para prender Moraes

A Polícia Federal (PF) informou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que encontrou novas provas da tentativa de golpe no final do governo de Jair Bolsonaro.
As conclusões foram enviadas ao Supremo e obtidas após a análise do celular do policial federal Wladmir Matos Soares, preso no ano passado por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Wladmir é investigado pela suposta atuação como agente infiltrado para vazar informações sobre a segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a transição de governo. Ele fazia parte da equipe externa de segurança responsável pelos arredores do hotel em que o presidente estava hospedado, em Brasília, durante a transição.
As mensagens de áudio obtidas foram enviadas entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023, período marcado pela diplomação e posse de Lula e os atos golpistas de 8 de janeiro.
Segundo a PF, o policial atuou como “elemento auxiliar” do Punhal Verde-Amarelo, plano golpista que, segundo as investigações, seria executado para matar diversas autoridades, como o presidente Lula e Moraes.
>> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp
Inconformismo
Em um dos áudios obtidos por investigadores, o policial disse a um advogado identificado como Luciano que estava disposto a agir para evitar a posse de Lula. Na conversa, Wladmir estava inconformado com a decisão das Forças Armadas de não aderir à proposta golpista.
“Os generais se venderam ao PT no último minuto que a gente ia tomar tudo. Entende, cara? E, Lu, a gente ia com muita vontade. A gente ia empurrar meio mundo de gente, pô. Matar meio mundo de gente. Estava nem aí já”, afirmou.
Em outra conversa, o policial disse que integrava uma “equipe de operações especiais” para defender Bolsonaro e só aguardava um sinal positivo para agir.
“Nós fazíamos parte de uma equipe de operações especiais que estava pronta para defender o presidente armado, e com poder de fogo elevado pra empurrar quem viesse à frente, entendeu, velho? A gente estava pronto. Só que aí o presidente… esperávamos só o ok do presidente, uma canetada para gente agir”, disse.
Alexandre de Moraes
Em outra conversa obtida por investigadores, o policial disse que estava preparado para prender o ministro Alexandre de Moraes.
“A gente estava preparado pra isso, inclusive. Para ir prender o Alexandre Moraes. Eu ia estar na equipe”, disse.
Wladmir também afirmou que o ministro do STF deveria ter a “cabeça cortada” por ter impedido, no início do mandato de Bolsonaro, a nomeação de Alexandre Ramagem, um dos réus da trama golpista, para a direção da Polícia Federal.
“O Alexandre de Moraes realmente tinha que ter tido a cabeça cortada quando ele impediu o presidente [de] colocar um diretor da Polícia Federal, né? O Ramagem. Tinha que ter cortado a cabeça dele, era ali. Você tá entendendo?”.
Bolsonaro
As conversas também demonstram que o policial estava desapontado porque Bolsonaro viajou para os Estados Unidos no final do mandato e o golpe não foi consumado. Segundo ele, estava “tudo certo”, mas agora “deu tudo pra trás”.
“E eu estou aqui na m…porque p…do presidente vai dar para trás”, completou.
Julgamento
Na próxima terça-feira (20), a Primeira Turma do STF vai decidir se Wladmir Matos e 11 militares vão virar réus no processo sobre a trama golpista. Eles fazem parte do núcleo 3 da denúncia protocolada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Os denunciados deste núcleo são acusados de planejar “ações táticas” para efetivar o plano golpista.
A Agência Brasil entrou em contato com a defesa do policial federal e aguarda retorno. O espaço está aberto para manifestação.
Política
Lula participa de funeral do ex-presidente do Uruguai Pepe Mujica

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa, nesta quinta-feira (15), do velório do ex-presidente do Uruguai José Pepe Mujica, em Montevidéu. Lula estava em viagem oficial à China, chegou a Brasília nesta madrugada e, ainda nesta manhã, embarcou para a capital uruguaia.
Lula recebeu a notícia da morte de Mujica ainda na China e, em nota, exaltou a trajetória do amigo.
“Sua vida foi um exemplo de que a luta política e a doçura podem andar juntas. E de que a coragem e a força podem vir acompanhadas da humildade e do desapego”, escreveu.
O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, então, decretou luto oficial de três dias.
O último encontro de Lula com Mujica ocorreu no fim do ano passado, na chácara onde vivia o ex-presidente, nos arredores de Montevidéu. Na ocasião, Lula condecorou Mujica com a Ordem do Cruzeiro do Sul, a maior honraria concedida pelo Estado brasileiro a cidadãos estrangeiros.
O presidente retorna a Brasília ainda nesta quinta-feira.
-
Nacional2 anos atrás
Fatos históricos e datas comemorativas de agosto de 2020
-
Notícias2 anos atrás
Moraes suspende julgamento sobre entrega de dados do Google
-
Esportes2 anos atrás
JUBs: cerimônia de abertura destaca cultura de Joinville
-
Política2 anos atrás
Governo prevê R$ 42 bi em investimento no complexo industrial de saúde
-
Esportes2 anos atrás
Rugby: seleção feminina leva título sul-americano e vaga à Paris 2024
-
Notícias2 anos atrás
Modelo de rede digital afeta desenvolvimento infantil, diz secretário
-
Saúde2 anos atrás
Brasil Sorridente deverá cobrir 62,5% da população em 2024
-
Saúde2 anos atrás
Hepatite A tem tendência de alta na capital paulista