Saúde
Hospital municipal do Rio receberá R$ 850 milhões para modernização

A prefeitura do Rio assinou contrato de R$ 850 milhões em investimentos no Hospital Souza Aguiar, no centro da capital fluminense, maior emergência pública da cidade. O contrato da parceria público-privada (PPP) será com o consórcio Smart Hospital, vencedor da licitação. A PPP, na modalidade concessão administrativa, foi leiloada em agosto. Dos R$ 850 milhões em investimentos, R$ 530 milhões serão nos três primeiros anos.
“Inauguramos um novo modelo, uma nova forma de fazer gestão. Não tem nada de privatização do Souza Aguiar, o que estamos fazendo é pegar diversos serviços terceirizados, espalhados em mais de 100 contratos, colocar num só contrato e ter uma gestão organizada do hospital. Ao mesmo tempo, atrair o recurso privado para investimentos. E fomos ousados em começar pelo maior hospital da rede, da América Latina”, afirmou Eduardo Paes.
Esta é a primeira PPP de saúde do Rio. O contrato tem prazo de 30 anos, e a empresa será responsável pela modernização, adequação de instalações prediais e prestação de serviços não assistenciais no Hospital Souza Aguiar, no Hospital Maternidade Maria Amélia Buarque de Hollanda e na Coordenação de Emergência Regional do Centro. Nada muda no atendimento médico, que continua sob a gestão da Secretaria Municipal de Saúde.
“É um grande investimento no principal hospital da cidade. Um complexo que tem uma maternidade, um grande centro de emergência e nossa central de regulação. Nossa expectativa é entregar o hospital todo reformado para a população do Rio de Janeiro em três anos. Teremos construções novas, aumento do centro cirúrgico e da capacidade de atendimento do hospital. Esperamos que o Souza Aguiar, que já é uma referência, seja o melhor hospital da América Latina nos próximos três anos”, disse o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.
Maior emergência pública
O Hospital Municipal Souza Aguiar é a maior emergência pública do Rio de Janeiro, com atendimento gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2022, a unidade registrou 9,6 mil internações; 7,8 mil cirurgias; 40 mil tomografias; e 54,3 mil exames de raio X. Por sua localização no centro do Rio, o Souza Aguiar, que tem 115 anos, atende milhares de pessoas não só da capital, mas de toda a região metropolitana e do interior do estado.
Complementando o complexo de saúde, em 2022, o CER Centro realizou 74,7 mil atendimentos, e a Maternidade Maria Amélia Buarque de Hollanda, 6,4 mil internações e 4,4 mil partos.
Saúde
Ministério da Saúde anuncia edital do Mais Médicos para especialistas

O Ministério da Saúde prevê lançar no início de junho o edital do programa Mais Médicos voltado exclusivamente para profissionais especialistas. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (30) pelo ministro Alexandre Padilha, durante coletiva de imprensa em Brasília.
“É um programa de provimento, é uma bolsa trabalho nos moldes do programa Mais Médicos, para o médico especialista titulado nas especializações que nós mais precisamos. Vamos soltar edital nos próximos dias. Começar com 500 especialistas nas regiões mais remotas”, disse o ministro Padilha.
O programa receberá investimentos de R$ 260 milhões e será realizado em parceria com instituições formadoras e a Associação Médica Brasileira. Estão previstas também 3.000 novas bolsas de residência médica voltadas para a formação de especialistas em áreas prioritárias.
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Agora Tem Especialistas
O edital do Mais Médicos Especialistas é um dos eixos prioritários incluídos no programa Agora Tem Especialistas, criado nesta sexta por medida provisória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O objetivo é acelerar o atendimento de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) com médicos especialistas, especialmente para o tratamento de câncer. Outros eixos de ação do programa são o credenciamento de instituições privadas, a ampliação dos horários de atendimento nas unidades públicas de saúde e a troca de dívidas de planos de saúde e hospitais privados por atendimentos ao SUS.
O programa prevê o credenciamento de clínicas, hospitais filantrópicos e privados para atendimento com foco em seis áreas prioritárias: oncologia, ginecologia, cardiologia, ortopedia, oftalmologia e otorrinolaringologia.
A contratação será feita pelos estados e municípios, ou de maneira complementar pela Agência Brasileira de Apoio à Gestão do Sistema Único de Saúde (AgSUS) e pelo Grupo Hospitalar Conceição, empresa pública vinculada ao Ministério da Saúde.
O estudo Demografia Médica 2025 aponta que esses profissionais estão concentrados no Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro e na rede privada. Apenas 10% deles atendem exclusivamente pelo SUS.
Saúde
Equipamentos para tratamento do câncer são entregues para seis cidades

O governo federal entregou nesta sexta-feira (30) seis aceleradores lineares, como parte da consolidação do cuidado oncológico no SUS como a maior rede pública de prevenção, diagnóstico e tratamento de câncer.
O dispositivo, utilizado na radioterapia, produz feixes de radiação de alta energia (raios X ou elétrons) para tratar o câncer. Com ele a radiação é direcionada com precisão milimétrica para a área afetada pelo tumor, minimizando o impacto nos tecidos saudáveis.
Receberam o dispositivo, as cidades de:
- São Paulo (SP),
- Bauru (SP),
- Piracicaba (SP),
- Curitiba (PR),
- Andaraí (RJ),
- Teresina (PI).
A compra e entrega desses equipamentos faz parte do programa lançado pelo Ministério da Saúde, o Agora Tem Especialistas.
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Até 2026 serão adquiridos mais 121 aceleradores lineares, o que representará um aumento e qualificação dos aparelhos em funcionamento no SUS.
Ainda dentro do novo programa do Ministério da Saúde, o país passará a contar com o Super Centro Brasil para Diagnóstico de Câncer, com todos os serviços oncológicos integrados para oferta de teleconsultoria, telelaudos e telepatologia. Com a entrada do A.C. Camargo Câncer Center no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) e a participação do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a rede será capaz de emitir, inicialmente, 1 mil laudos por dia. Serão investidos R$ 2,2 bilhões por ano nessa rede.
“Vamos consolidar o Brasil e o SUS como a maior rede pública de diagnóstico e prevenção do mundo. Estamos montando, em parceria com o Inca e a Fundação AC Camargo, um centro nacional de diagnóstico remoto, que já começa a funcionar em junho. Isso vai acelerar o diagnóstico e reduzir o tempo de espera no SUS”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Aumento dos atendimentos
Durante a cerimônia no Hospital São Paulo da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), que recebeu um dos aceleradores, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, afirmou que o número de pacientes atendidos com o novo aparelho mais do que dobrará no hospital.
“Quero destacar o SUS, que nós participamos como constituintes e hoje estamos avançando com o Mais Especialistas para podermos atender a população mais rápido e melhor; e a valorização e o respeito à ciência. Acabou o negacionismo, que mudou o mundo foi a água tratada, a vacina, o antibiótico, o tratamento adequado”, disse.
Alckmin destacou a importância do tratamento oncológico, tendo em vista que as três principais causas de morte no mundo são doenças do coração e grandes vasos, câncer, acidente ou doenças do pulmão.
“As doenças do câncer crescem e elas têm uma relação muito forte com a idade. Então, à medida em que há o envelhecimento da população, aumenta a incidência. Em 10% dos municípios brasileiros, o câncer já é a primeira causa de morte e mortalidade. E o tratamento é muito eficaz. O que nós precisamos agora é ganhar tempo para poder fazer esse tratamento”.
Dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer) apontam que os custos com as doenças oncológicas aumentam em 37% por agravamento devido à desassistência. Há uma necessidade ainda de o país aumentar em mais de 60% as biópsias para o câncer de mama.
Saúde
Fiocruz: 72,5% dos óbitos por SRAG estão relacionados à influenza A

O boletim semanal InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta quinta-feira (29), indica que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por influenza A têm atingido níveis de incidência de moderada a muito alta em jovens, adultos e idosos. O documento destaca a alta mortalidade de idosos e crianças de até dois anos de idade, em consequência da doença.
O vírus tem maior incidência em crianças pequenas, seguida pela população idosa. Entre os óbitos, nas últimas quatro semanas, o maior número de vítimas positivas da doença foi de 72,5% para influenza A; 1,4% para influenza B; 12,6% para VSR; 9,7% para rinovírus; e 5,9% para Sars-CoV-2.
O boletim indica que as hospitalizações por Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que atingem sobretudo as crianças pequenas, têm apresentado início de queda nos estados de São Paulo, Rio Grande do Norte e Distrito Federal. Já a influenza A apresenta estabilização da doença no Mato Grosso do Sul e no Pará, embora os casos da doença ainda permaneçam em níveis altos de incidência nesses estados.
Os dados laboratoriais por faixa etária indicam que o aumento dos casos de SRAG nas crianças de até 4 anos tem sido impulsionado principalmente pelo VSR. O rinovírus e a influenza A têm contribuído para o aumento dos casos de SRAG na faixa etária de até 4 anos, assim como nas crianças e adolescentes de 5 a 14 anos. Já a influenza A tem sido o principal vírus responsável pelo aumento dos casos de SRAG entre adultos e idosos e jovens a partir dos 15 anos.
A pesquisadora do InfoGripe Tatiana Portella ressalta a importância da vacinação diante do atual cenário epidemiológico e reforça que é fundamental levar as crianças, os idosos e outros grupos prioritários para se vacinarem contra o vírus.
“A vacina ainda leva por volta de uns 15 dias para fazer efeito, então quanto antes esse grupo tomar a vacina, melhor”, avaliou a especialista.
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