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Internacional

“Sem combustível, não há ajuda humanitária”, diz ONU na Faixa de Gaza

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A Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados Palestinos (UNRWA) apelou para que seja permitida à entrada de combustível na Faixa de Gaza. Após vários dias de impasse, três comboios com ajuda humanitária entraram pela fronteira com o Egito entre o último sábado (21) e esta segunda-feira (23). Não foi permitida à entrada de combustível.

Além de considerar o total de suprimento insuficiente diante da magnitude da crise humanitária, o Comissário-geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, afirmou que a entidade ficará sem combustível em três dias caso não seja permitida a entrada do produto.

“Sem combustível, não haverá água, nem hospitais e padarias funcionando. Sem combustível, a ajuda não chegará às pessoas que mais necessitam. Sem combustível, não haverá assistência humanitária”, afirmou Lazzarini. 

O comissário da Organização das Nações Unidas (ONU) para refugiados palestinos apela para que todas as partes atuem para permitir “imediatamente o fornecimento de combustível à Faixa de Gaza e garantam que o combustível seja estritamente utilizado para evitar um colapso da resposta humanitária”.

Estima-se que cerca de 1,4 milhão de pessoas foram deslocadas de suas casas em Gaza. Dessas, cerca de 580 mil estão em um dos 150 abrigos da agência da ONU para refugiados palestinos.  

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O combustível é usado como fonte de energia em hospitais, padarias e em equipamentos para dessalinização da água do mar. “Apesar da disponibilidade limitada de combustível, o equipamento de dessalinização nos abrigos da UNRWA continuou até agora a funcionar e a fornecer água potável, complementado por transporte de água”, informou o Escritório da ONU para Assuntos Humanitários (OCHA).

O transporte de água foi interrompido na maioria das áreas devido à falta de combustível, insegurança e estradas bloqueadas por escombros. “A água engarrafada está praticamente indisponível e o seu preço tornou-a inacessível para a maioria das famílias. Os vendedores privados, que operam pequenas estações de dessalinização e purificação de água, que funcionam principalmente com energia solar, tornaram-se os principais fornecedores de água potável”, diz o relatório da OCHA.

Nesta segunda-feira, o porta-voz do Ministério da Saúde em Gaza, Ashraf al-Qidra informou que a falta de combustível para o funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) neonatal podem levar a morte de recém-nascidos em questão de minutos.

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Internacional

Milhares de uruguaios se despedem de Pepe Mujica em funeral

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O funeral do ex-presidente do Uruguai, José Pepe Mujica, vem reunindo milhares de pessoas no Palácio Legislativo, em Montevidéu, e deve prosseguir até o fim da tarde desta quinta-feira (15). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama Janja da Silva chegaram ao local no início da tarde. A cerimônia ocorre no Salão dos Passos Perdidos, o mais imponente da sede do Congresso uruguaio.  
 

“Que a coragem, a simplicidade e o amor que marcaram sua vida sigam nos ajudando a trilhar o caminho que ele escolheu: o da luta por um mundo mais justo. E que o conforto chegue aos corações de sua amada, Lucía Topolansky, e de seu amigo e agora presidente do Uruguai, Yamandu Orsi”, escreveu Lula em postagem nas redes sociais, onde ele aparece ao lado do caixão e acompanhado do presidente Yamandú Orsi e de Lucía.  

Ainda na quarta-feira (14), antes de chegar ao local do velório, um dos prédios mais importantes do país, o corpo de Mujica saiu em cortejo desde a Praça Independência, onde fica o prédio da Presidência da República, até a sede do Congresso Nacional. Para garantir que o máximo de uruguaios pudessem se despedir do admirado líder popular, a visitação foi estendida até as 23h. Outros chefes de Estado, como o presidente do Chile, Gabriel Boric, também marcaram presença.

O corpo do ex-presidente Pepe Mujica será cremado em cerimônia privada, e as cinzas serão depois espalhadas na chácara em que morou, no mesmo local onde está enterrada sua cachorra Manuela, o que era um desejo dele. A chácara de Mujica e Lucía fica em Rincón del Cerro, nos arredores da capital. Ali, ao longo de toda a sua trajetória, Pepe viveu uma vida simples e austera, onde plantava flores, especialmente rosas, e árvores frutíferas.

No dia da morte de Pepe, o então presidente em exercício, Geraldo Alckmin, decretou luto oficial de três dias no Brasil. O ex-presidente, ex-senador e ex-guerrilheiro contra a ditadura uruguaia se tornou um ícone da esquerda latino-americana e morreu na última terça-feira (13), aos 89 anos de idade. Ele tinha um diagnóstico de câncer de esôfago. 

O último encontro de Lula com Mujica ocorreu no fim do ano passado, na chácara onde vivia o ex-presidente, nos arredores de Montevidéu. Na ocasião, Lula condecorou Mujica com a Ordem do Cruzeiro do Sul, a maior honraria concedida pelo Estado brasileiro a cidadãos estrangeiros.

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Internacional

Trump reafirma desejo de tomar Gaza; Hamas diz que não está à venda

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Em passagem pelo Catar, durante giro pelo Oriente Médio, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a defender, nesta quinta-feira (15), o desejo de assumir o controle sobre a Faixa de Gaza. Em nota, o Hamas rejeitou novamente a proposta afirmando que o território não está à venda.

“Gaza é parte integrante do território palestino – não é um imóvel à venda no mercado aberto. Permanecemos firmemente comprometidos com nossa terra e nossa causa nacional, e estamos preparados para fazer todos os sacrifícios para preservar nossa pátria e garantir o futuro de nosso povo”, afirmou Basem Naim, membro do Bureau político do Hamas, em Gaza.

Em conversa com empresários do Catar, Trump disse que os EUA tornariam Gaza uma “zona de liberdade”, argumentando que não haveria mais nada a salvar no território após 19 meses de guerra.

A infraestrutura do enclave palestino foi, em boa parte, destruída pelos bombardeios de Israel, que conta com apoio financeiro, logístico e militar dos Estados Unidos. Em fevereiro deste ano, Trump havia afirmado querer transformar Gaza em uma Riviera do Oriente Médio, espécie de litoral turístico, após a emigração em massa de palestinos da região.  

A declaração de Trump provocou repúdio das principais lideranças palestinas, árabes, ocidentais e da Organização das Nações Unidas (ONU), que alegaram que medida configuraria uma limpeza étnica.

Diante da nova declaração de Trump, o líder do Hamas, Basem Naim, retrucou que Trump não conseguirá um mundo mais seguro e pacífico, como tem alegado defender, enquanto a “guerra e o genocídio em Gaza persistirem”.

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“O presidente Trump possui a influência e a autoridade necessárias para tornar isso [a paz] realidade, caso haja vontade política”, afirmou, acrescentando que “os palestinos, como todos os povos do mundo, têm o direito de viver em liberdade e dignidade dentro de um Estado independente e soberano”.

7 de outubro

A atual fase do conflito Israel-Palestina teve início com a invasão do Hamas de vilas israelenses em 7 de outubro de 2023, com cerca de 1,2 mil pessoas assassinadas e outras 220 sequestradas. 

Em resposta, Israel iniciou uma operação militar de grandes proporções, tendo deslocado a maior parte da população civil de Gaza e mantido um bloqueio total de ajuda humanitária desde o dia 2 de março de 2025. 

Até o momento, mais de 54 mil palestinos foram mortos e a fome castiga a população.

O líder do Hamas, Basem Naim, justificou que a organização defende a resistência como caminho legítimo para liberação e que somente o povo palestino tem o direito exclusivo de determinar seu futuro e escolher sua liderança.

“Temos repetidamente exigido eleições livres e justas, por meio das quais nosso povo possa expressar livremente sua vontade política. Respeitamos plenamente o resultado de tais processos democráticos”, defende Naim.

Segundo ele, o grupo já reiterou diversas vezes a disposição de renunciar à autoridade governamental em Gaza e transferir o controle administrativo “de forma abrangente e incondicional, para qualquer órgão palestino acordado nacionalmente”.  

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Ainda de acordo com o líder do Hamas, o 7 de outubro teria sido uma resposta, “um ato de autodefesa”, contra mais de 76 anos de ocupação israelense dos territórios palestinos, “exacerbados pela impotência internacional em garantir uma solução política justa que cumpra os direitos legítimos do povo palestino”. 

“A história não começou em 7 de outubro”, afirmou.

Anexação

Israel alega que só suspenderá a agressão à Gaza com a destruição completa do Hamas e o retorno dos reféns israelenses ainda sob o controle do grupo palestino. No início de maio, o governo de Tel Aviv aprovou um plano para conquistar Gaza e permanecer no território. 

Para analistas consultados pela Agência Brasil, o fim do último cessar-fogo em Gaza busca anexar o enclave palestino e blindar o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de acusações de corrupção.

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Internacional

Milei restringe imigração e permanência de estrangeiros na Argentina

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O presidente da Argentina, Javier Milei, vai endurecer as regras para a entrada de estrangeiros no país, com o objetivo de restringir a imigração. Segundo comunicado oficial desta quarta-feira (14) do gabinete da presidência, a Argentina passará a exigir o pagamento pelos serviços de saúde para residentes transitórios, temporários e irregulares. Além disso, os turistas que entrarem no país deverão contratar um seguro de saúde.

O comunicado anuncia que o Decreto de Necessidade e Urgência, que ainda será publicado, trará mudanças profundas no regime migratório do país.

De acordo com o governo, durante o ano de 2023, a assistência médica a estrangeiros nos hospitais nacionais implicou despesa aproximada de 114 bilhões de pesos.

“Esta medida visa garantir a sustentabilidade do sistema público de saúde, para que deixe de ser um centro de benefício financiado pelos nossos cidadãos”, diz o comunicado.

O comunicado afirma ainda que a Carta de Cidadania, documento para residência permanente no país vizinho, será concedida a quem comprovar dois anos de residência contínua ou tenha feito um investimento relevante na Argentina. Também será exigida a prova de meios de subsistência suficientes e a ausência de registo criminal.

Outro ponto do decreto que será publicado é que será proibida no país a entrada de estrangeiros condenados. Aqueles que cometeram crime no território, independentemente da pena, também serão deportados.

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“Isto significa que as infracções com penas inferiores a 5 anos, que não eram motivo de recusa de entrada no país ou de expulsão, passam a ser consideradas”, diz o texto.

 “A extrema facilidade com que foi possível entrar na Argentina até a data presente levou a que 1.700.000 estrangeiros tenham imigrado ilegalmente para o nosso país nos últimos 20 anos. Esta medida procura estabelecer a ordem e o bom senso num sistema que, infelizmente, e devido à cumplicidade de políticos populistas, foi distorcido”, diz o comunicado.

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