Internacional
Ícone da causa palestina, ativista Ahed Tamimi é presa por Israel

A jovem ativista palestina Ahed Tamimi, de 22 anos, foi presa na madrugada desta segunda-feira (6) pelo Exército de Israel na Cisjordânia ocupada. Ícone da resistência palestina, Tamimi foi acusada de “incitação ao terrorismo”.
Segundo o Exército israelense, Tamimi foi detida em uma operação “destinada a deter indivíduos suspeitos de estarem envolvidos em atividades terroristas e de incitamento ao ódio”, segundo a agência internacional de notícias RTP.
A ativista ficou mundialmente famosa aos 14 anos, em 2012, ao ser filmada mordendo um soldado israelense para tentar impedir a detenção do irmão mais novo. Em 2017, ela ficou detida por oito meses por ter dado tapas em dois soldados israelenses próximo à residência da sua família, em Nabi Saleh, na Cisjordânia Ocupada, enquanto pedia que eles fossem embora. Em relatório divulgado à época, a Anistia Internacional considerou que Ahed Tamimi foi “presa injustamente”.
Em uma rede social, o ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Bem Gvir, publicou uma foto da ativista sendo presa e comemorou a detenção. “Tolerância zero com terroristas e apoiadores do terrorismo”, disse.
Grafite com a imagem da ativista Ahed Tamimi é visto no Muro da Cisjordânia em Belém, na Palestina, em 28 de dezembro de 2022 – Beata Zawrzel/NurPhoto
A prisão de Tamimi ocorre em meio a uma série de operações do Exército de Israel na Cisjordânia ocupada, que viu a violência aumentar após o ataque do Hamas contra Israel, no dia 7 de outubro.
Desde então, o número de palestinos assassinados por força de Israel na Cisjordânia chegou 141, incluindo 43 crianças. Outros oito palestinos foram mortos por colonos israelenses e dois israelenses foram mortos por palestinos, segundo informe do Escritório das Nações Unidas para Assuntos Humanitários (Ocha).
O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza informou nesta segunda-feira que pelo menos 10.022 palestinos foram mortos, incluindo 4.104 crianças, em ataques israelenses em Gaza desde 7 de outubro, segundo a agência Reuters.
O território da Palestina reconhecido internacionalmente é formado pela Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, e pela Cisjordânia, controlada parcialmente pela Autoridade Palestina, entidade essa que, ao contrário do Hamas, é reconhecida por Israel e pela maior parte da comunidade internacional como o legítimo representante do povo palestino.
Matéria ampliada às 17h56 para acréscimo do número de palestinos mortos em Gaza e da informação sobre o relatório da Anistia Internacional.
Internacional
ONU: bloqueio de ajuda torna Gaza “a região mais faminta do mundo”

Israel está bloqueando a entrada de ajuda humanitária em Gaza, disse o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha) e não há quase alimento pronto para o consumo. O porta-voz da organização descreveu o enclave como “o lugar mais faminto do mundo”.
O porta-voz Jens Laerke disse que apenas 600 dos 900 caminhões de ajuda humanitária foram autorizados a chegar à fronteira de Israel com Gaza e, a partir daí, uma mistura de obstáculos burocráticos e de segurança tornou praticamente impossível levar ajuda com segurança para a região.
“O que conseguimos trazer foi farinha”, disse ele em entrevista coletiva nesta sexta-feira. “Isso não está pronto para comer, certo? Precisa ser cozida, 100% da população de Gaza estão correndo o risco de passar fome.”
Tommaso della Longa, porta-voz do Comitê Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, acrescentou que metade de suas instalações médicas na região está fora de ação por falta de combustível ou de equipamentos médicos.
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Internacional
Ministros do STF evitam comentar decisão do governo norte-americano

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) evitaram nesta quarta-feira (28) comentar publicamente a decisão do governo dos Estados Unidos (EUA) que pretende restringir a entrada no país de autoridades acusadas de promover censura contra empresas e cidadãos norte-americanos.
A medida foi anunciada na manhã de hoje pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e, apesar de não citar pessoas físicas, tem como alvo o ministro do STF Alexandre de Moraes, acusado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro de censurar de parlamentares de direita e plataformas que operam as redes sociais.
Após o anúncio, Jason Miller, um dos assessores do presidente Donald Trump, marcou o perfil de Moraes nas redes sociais e insinuou que o ministro será um dos atingidos. “Compartilhe isso com alguém que vem imediatamente à mente quando você lê isso. Oi, Alexandre”, postou o assessor.
Ao chegar para participar da sessão de julgamentos desta tarde, o presidente do Supremo, ministro Luís Roberto Barroso, evitou fazer comentários sobre a decisão e disse: “não aconteceu nada que eu precise falar”.
Flávio Dino disse que não poderia dar declarações sobre a questão. Edson Fachin, Luiz Fux, André Mendonça e Moraes também não se manifestaram.
Investigação
A suposta participação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para incitar o governo Trump a impor sanções a autoridades brasileiras passou a ser investigada pela Polícia Federal.
Na segunda-feira (26), Moraes determinou a abertura de inquérito para apurar se Eduardo Bolsonaro cometeu os crimes de coação no curso do processo e obstrução de investigação.
O ministro também autorizou o depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro para prestar esclarecimentos por ser “diretamente beneficiado” pelas ações de seu filho. Bolsonaro é réu do Núcleo 1 da trama golpista. Diplomatas brasileiros também devem ser ouvidos.
Em março deste ano, em meio ao julgamento no qual Bolsonaro virou réu, Eduardo pediu licença de 122 dias do mandato parlamentar e foi morar nos Estados Unidos. Desde então, Eduardo se manifesta nas redes sociais a favor de sanções contra ministros do STF e autoridades brasileiras.
Internacional
França proibirá fumar em praias, parques e perto de escolas

A França planeja proibir as pessoas de fumar em praias, parques e perto de escolas, a partir de julho, para proteger as crianças, informou o governo.
A proibição, que segue medidas semelhantes adotadas em uma Europa cada vez mais avessa ao cigarro, isentará as varandas de bares e restaurantes ao ar livre e não se aplicará aos cigarros eletrônicos.
“Onde há crianças, o tabaco deve desaparecer”, disse a ministra da Saúde e da Família, Catherine Vautrin, em entrevista ao jornal Ouest France na noite dessa quinta-feira (29).
“A partir de 1º de julho, praias, parques e jardins públicos, áreas escolares, pontos de ônibus e instalações esportivas serão livres de fumo em toda a França. Portanto, será proibido fumar nesses locais, para proteger nossas crianças.”
Vautrin disse que o cigarro mata em média cerca de 200 pessoas por dia na França.
O tabagismo na França está em níveis historicamente baixos, de acordo com relatório publicado este mês pelo Observatório Francês das Drogas e das Toxicomanias. O relatório constatou que pouco menos de um quarto das pessoas com idade entre 18 e 75 anos fumava diariamente, o número mais baixo desde que o observatório começou a manter registros no final da década de 1990.
O Reino Unido anunciou uma proibição semelhante ao cigarro no ano passado. Algumas regiões espanholas proibiram fumar nas praias, enquanto a Suécia proibiu o fumo em terraços de restaurantes ao ar livre, pontos de ônibus, plataformas de trem e pátios de escolas desde 2019.
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