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Entenda os acordos de Oslo, tentativa de paz entre Israel e Palestina

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O conflito no Oriente Médio também é resultado dos fracassos para um acordo de convivência pacífica entre palestinos e israelenses. Entre as tentativas para se construir a paz, destacam-se os acordos de Oslo, que completaram 30 anos neste 2023. Por isso, para entender a atual guerra, é preciso analisar essa tentativa frustrada de se construir a paz na região.   

Como a criação do Estado de Israel, em 1948, não foi aceita por palestinos e estados árabes, quatro guerras eclodiram ao longo das décadas seguintes. Esses conflitos ficaram conhecidos como guerras “árabes-israelenses”. Na tentativa de pacificar essa relação conflituosa, foram firmados diversos acordos na capital da Noruega, Oslo, entre o governo de Israel e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), em 1993 .

>> Entenda o que é sionismo, o movimento que deu origem ao Estado de Israel

Pela primeira vez, os palestinos reconheceram o Estado de Israel e, em troca, Israel reconheceu a OLP como o legítimo representante do povo palestino. Ficou acordado que os assentamentos israelenses na Cisjordânia ocupada seriam desfeitos e que o território seria parcialmente entregue à Autoridade Nacional da Palestina (ANP), que foi criada após a assinatura dos acordos.

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Além disso, os acordos cederam parte dos territórios da Cisjordânia para a recém-criada ANP. A Cisjordânia foi dividida nas áreas de tipo A (18% do território), que ficam até hoje sob controle administrativo e militar da ANP, as de tipo B (22% da Cisjordânia) com os serviços civis controlados pela ANP e a segurança por forças israelenses, e as áreas de tipo C (60% da Cisjordânia), que se mantiveram totalmente controladas por Israel. 

Por outro lado, não entraram no acordo demandas históricas dos palestinos, como o retorno dos refugiados expulsos das suas terras após a criação de Israel; a definição do status da cidade de Jerusalém; e a libertação dos prisioneiros palestinos em cárceres de Israel.   

>> Entenda o que foi a Nakba, a catástrofe do povo palestino

Firmados entre os líderes, à época, de Israel Yitzhak Rabin e da OLP Yasser Arafat, os acordos de Oslo foram intermediados por diplomatas noruegueses e pelos Estados Unidos.

Dois anos depois, em 1995, o primeiro-ministro de Israel, que receberia o Nobel da Paz em 1994, foi assassinado por um israelense contrário aos acordos. Desde então, não houve mais avanços nas negociações

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Para entender o contexto dos acordos de Oslo e conexão desses acordos com o atual conflito no Oriente Médio, a Agência Brasil entrevistou duas especialistas sobre o tema.  

Moara Crivelente estuda o conflito no Oriente Médio há 22 anos – Moara Crivelente/Arquivo Pessoal

A primeira é a cientista política Moara Crivelente que estuda o assunto há 12 anos. Doutoranda da Universidade de Coimbra, em Portugal, Moara estuda conflitos internacionais e estudos para a paz com foco no conflito Palestina-Israel.

A segunda entrevistada é a pesquisadora do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (USP) Karina Stange Caladrin, que também é assessora do Instituto Brasil-Israel.  

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Karina Caladrin é pesquisadora do Instituto de Relações Internacionais da USP Pessoal – Arquivo pessoal

Agência Brasil: Por que os acordos não foram capazes de pacificar a relação entre Israel e os palestinos após 30 anos? 
Moara Crivelente: Esses acordos serviram simplesmente para Israel continuar expandindo as colônias dentro do território que ocupa. Israel continuou fragmentando o território palestino através de vários mecanismos: os postos de controle militar, as estradas exclusivas para israelenses, a captura de terras, a expulsão de várias comunidades. Essas medidas inviabilizaram as possibilidades de paz.

Foram várias as violações de direitos humanos. Por exemplo: a detenção arbitrária, inclusive de crianças, por períodos renováveis de seis meses sem acusação formal, sem julgamento, sem que as pessoas sequer soubessem do que são acusadas. Tem a absurda dependência econômica criada pelos acordos, por exemplo, o recolhimento de impostos é feito por Israel e a Autoridade Palestina funciona muito a partir de ajuda internacional, que sempre vem com condicionantes.  

São muitas práticas para tentar desestabilizar, ao máximo, a vida na Palestina. Por isso, foi realmente impossível que os acordos de paz fossem cumpridos.  

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Karina Caladrin: Porque dois anos depois da assinatura dos acordos, em 1995, o primeiro-ministro israelense foi assassinado. Uma parte da sociedade israelense não gostou dos acordos, principalmente aqueles que eram representados pela direita e extrema-direita. Eles pressionaram para que os acordos fossem rompidos, até que um judeu israelense radical assassinou Yitzhak Rabin.  

No lugar dele, quem ganhou as eleições, em 1996, foi o Benjamim Netanyahu [atual primeiro-ministro de Israel]. A partir daí os acordos de paz foram praticamente enterrados. Em 2000, quando ele já não estava mais no poder, foi feita uma tentativa (de paz) na chamada Cúpula de Camp David. Mas, no momento, os palestinos não cederam porque o Yasser Arafat já estava sendo muito pressionado e já não tinha mais força política para aceitar um acordo.  

Teve mais uma tentativa em 2008, mas não foi para frente. Com isso, o Hamas foi se radicalizando, conseguiu o controle da Faixa de Gaza depois que Israel desocupou Gaza de forma unilateral, em 2005, e a situação da violência só piorou.  

Depois Netanyahu voltou ao poder em 2009 e, com Netanyahu, não há qualquer tipo de negociação. O governo dele e seus aliados são contra qualquer negociação. Eles enfraqueceram politicamente o Fatah [partido que controla a Cisjordânia], impossibilitando qualquer tipo de acordo.  

Agência Brasil: Que pontos do acordo não foram cumpridos? 
Moara Crivelente: O problema foi que os arranjos temporários acordados viabilizam a expansão da colonização por Israel, tornando impossível a criação ou o reconhecimento de um Estado palestino soberano.  

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Outra situação que inviabiliza a paz são as permissões que Israel dá aos residentes de Jerusalém. Israel pode revogar essa permissão a qualquer momento. Se uma pessoa é suspeita de qualquer coisa por Israel, as autoridades israelenses podem revogar a permissão de residência tanto da pessoa, quanto da família e, frequentemente, faz a demolição da casa da pessoa, às vezes deixando dezenas de pessoas desabrigadas. Esses tipos de medidas e de políticas inviabilizaram qualquer tipo de solução de paz na Palestina.  

Karina Caladrin: A questão dos assentamentos que deveriam ter sido desocupados, ou pelo menos terem sido congelados, e não foram colocados em prática. O resto dos pontos foram cumpridos. Tirando o que não foi discutido, o único ponto que não foi cumprido foi a questão da desocupação dos assentamentos e o congelamento da construção de novos assentamentos.  

O não cumprimento dos acordos foi no governo Netanyahu, primeiro nos anos 90 e mais recentemente a partir de 2009. Além disso, os acordos tinham que ser retomados a cada cinco anos para serem rediscutidos, mas isso não aconteceu.

Agência Brasil: A frustração desses acordos tem relação com o atual conflito?
Moara Crivelente: Tem toda relação com a situação atual. Os anos de 2022 e de 2023 estavam sendo os recordistas de letalidade para os palestinos e os com maior número de construções de novas colônias. Só em 2022, mais de 12 mil casas foram construídas pelo governo israelenses no território palestino.  

Essa situação atual tem tudo a ver com a falta de conclusão pra um processo de paz. Mas não é um fracasso só dos acordos de paz, mas do mundo todo por não ter feito nada diante das evidências desses crimes por todos esses anos.  

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Karina Caladrin: Sim, mas o principal responsável, do lado da população palestina, tem a ver com seus próprios representantes que não foram capazes de mudar a realidade deles. Obviamente, teve a influência negativa dos governos de Benjamim Netanyahu em todo processo de paz, que acabou minando qualquer tipo de negociação.  

Mas vamos lembrar que o Hamas não aceita Israel, diferentemente do Fatah, da OLP e da Autoridade Nacional Palestina. O Hamas não reconhece Israel e não se dispõe a negociar com Israel. Então, dificilmente vai ter acordo de paz com Hamas, isso não vai acontecer. 

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Internacional

Após asilo, esposa de ex-presidente do Peru chega ao Brasil

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O Palácio do Itamaraty informou nesta quarta-feira (16) que Nadine Heredia Alarcón, esposa do ex-presidente do Peru Ollanta Humala, já está em solo brasileiro após ter o pedido de asilo diplomático concedido pelo governo federal. Ela veio acompanhada pelo filho Samir Ollanta Humala Heredia, que é menor de idade. Ambos desembarcaram nesta manhã, em local não informado.

O Terceiro Juizado Criminal de Lima, capital peruana, condenou Nadine Heredia e Ollanta Humala a 15 anos de detenção por lavagem de dinheiro, sob acusação de terem recebido valores ilícitos para campanha política, em 2011, em um caso envolvendo a construtora brasileira Odebrecht, que atua há décadas no país vizinho.

Antes da divulgação das sentenças, Nadine e Samir se abrigaram na embaixada do Brasil em Lima, onde obtiveram a concessão de asilo diplomático, nos termos da Convenção de Asilo Diplomático, da qual ambos os países são parte.

“Nos termos do Artigo XII da mencionada Convenção, o governo do Peru outorgou as garantias e o salvo conduto correspondente, permitindo que a senhora Alarcón e o seu filho pudessem deixar o território peruano, com destino ao território brasileiro. A senhora Alarcón e o seu filho passarão, agora, pelos procedimentos necessários para sua regularização migratória no Brasil”, informou o Itamaraty.

Já o ex-presidente peruano, que governou o país entre 2011 e 2016, decidiu cumprir a condenação em seu país. Ele deverá cumprir a prisão em uma base policial especialmente construída para abrigar os ex-presidentes do país, onde Alejandro Toledo e Pedro Castillo estão atualmente detidos.

De acordo com a promotoria, Humala e esposa teriam aumentado suas riquezas pessoais graças à “contribuição ilícita” feita pela Odebrecht, agora conhecida como Novonor, e pela OAS, outra empreiteira brasileira. Os recursos eram destinados à sua campanha eleitoral.

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Defesa de Humala e Nadine

O advogado Leonardo Massud, do escritório Massud, Sarcedo e Andrade, em São Paulo, que assessora a defesa do ex-presidente peruano Ollanta Humala, disse que ele e a ex-primeira-dama Nadine Heredia não deveriam ter suas prisões decretadas.

“A Corte de Primeira Instância demonstrou ainda mais a brutalidade da decisão, emitindo ordem imediata de prisão a quem ainda deve ser presumidamente considerado inocente e que sempre cumpriu com todos os chamados processuais.”  

Em julho do ano passado, a Justiça peruana chegou a conceder e, depois, revogou autorização para que a ex-primeira-dama fosse à Colômbia para se submeter a um tratamento de saúde.  

O escritório de advocacia que defende Humala e Nadine levaram à Justiça do Peru os argumentos que, no Brasil, serviram para inocentar os acusados da Lava Jato, como a obtenção ilícita de provas e a falta de delitos antecedentes ao crime de lavagem de dinheiro — o que é exigido naquele país.

Segundo o advogado brasileiro, a Justiça peruana aceitou a palavra de delatores que se beneficiaram dos acordos que fizeram.

“Isso permitiu, inclusive, que eles se ausentassem do país levando enorme patrimônio, sem qualquer prova de corroboração das suas declarações”, diz Massud.

Possível perseguição

Ainda de acordo com o advogado, o entendimento do Tribunal peruano seguiu na mesma linha que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) brasileiro, quando da condenação dos envolvidos na Lava Jato, ignorando a obtenção de provas de maneira ilícita, tese que acabou prosperando no Supremo Tribunal Federal (STF).

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“Como advogado que trabalhou na obtenção de documentos, provas e declarações de nulidade para eles aqui no Brasil, posso afirmar que o fundamento da decisão ignorou a evidente ilicitude de várias provas e muitas que delas derivaram, tal como ocorrido aqui em casos semelhantes da Lava Jato”, disse Leonardo Massud.      

Para o professor de Relações Internacionais da ESPM Porto Alegre, Roberto Uebel, que é doutor em Estudos Estratégicos Internacionais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), é difícil classificar a condenação de Humala e Nadine como lawfare, termo que designa o uso instrumentos jurídicos para fins de perseguição política, e destruição da imagem pública.

“A Lava Jato, no Peru, de fato se inspira muito na Lava Jato brasileira. O alvo dela é o Ollanta Humala, que é uma figura política importante. Eu não o vejo como um candidato nas próximas eleições, mas ele ainda tem uma base [social] muito forte no país. Acho que esta condenação traz questões mistas, tanto questões legais, de implicações legais, como também uma questão política, mas eu não cravaria essencialmente como lawfare”, opinou o docente em entrevista à Agência Brasil.

*Colaborou Lucas Pordeus León, repórter da Agência Brasil

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Internacional

Observadores internacionais descartam fraude em eleição no Equador

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As missões de observação eleitoral da União Europeia (UE) e da Organização dos Estados Americanos (OEA) negaram as acusações de fraude nas eleições do Equador, feitas pela oposição após a votação que deu a reeleição ao atual presidente Daniel Noboa. 

Em seus informes preliminares, publicados nesta quarta-feira (15), as missões afirmaram que a eleição ocorreu dentro da normalidade. Por outro lado, criticam desequilíbrios na disputa a favor do presidente Noboa, com uso de recursos públicos e da máquina estatal a seu favor e pedem mudanças institucionais.

“Jornada eleitoral transparente e bem organizada refuta narrativas de fraude, embora ainda existam reformas a serem abordadas. O processo foi, em geral, tranquilo e transparente, com maior presença de delegados dos partidos políticos que no primeiro turno”, concluiu a Missão de Observação Eleitoral da UE

Apesar de não reconhecer as denúncias de fraude da oposição, a missão da OEA disse que observou “com preocupação” que o processo foi marcado por condições desiguais durante a campanha, “bem como por indícios sobre uso indevido de recursos públicos e do aparato estatal com fins proselitistas”.  

Enquanto o resultado foi reconhecido pelo Brasil, a Colômbia se manifestou afirmando que não é possível reconhecer a vitória de Noboa. O presidente Gustavo Petro afirmou que não há eleições livres sobre um Estado de Exceção. “Acredito que o governo deveria submeter as atas de cada seção eleitoral para verificação”. 

Estado de exceção

Com uma equipe de 104 observadores, o relatório preliminar da União Europeia disse que eles puderam acompanhar a votação sem restrições indevidas, que os candidatos puderam fazer campanha sem obstáculos e que foram garantidas as liberdades de reunião e movimento “apesar do Estado de Exceção que impera em algumas partes do país”. 

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O Estado de Exceção decretado um dia antes da votação foi criticado como ferramenta para manipular o processo eleitoral. A missão da UE afirma ainda que o fato de Noboa não se licenciar do cargo para a campanha, como manda a legislação equatoriana, causou “desequilíbrio nas condições de competição”.

OEA

Em seu informe preliminar, a Organização dos Estados Americanos (OEA) disse que a “a população se expressou com claridade sobre quem deve conduzir o país durante os próximos quatro anos” e reconheceu “o desempenho profissional e comprometido do pessoal técnico do Conselho Nacional Eleitoral (CNE)”, a autoridade eleitoral do Equador. 

Ao mesmo tempo, a organização considerou que a falta de pronunciamentos claros e oportunos por parte do CNE, com normas ambíguas, causou incertezas e desconfianças das forças políticas a da população. 

Por outro lado, a OEA criticou as denúncias de fraude. “Campanhas de narrativas de fraude não contribuem para o fortalecimento democrático do país”. 

A OEA vem sendo criticada nos últimos anos, principalmente pelo papel que desempenhou no golpe de Estado da Bolívia, em 2019, ao apoiar denúncias de fraude eleitoral da oposição ao presidente Evo Morales, que depois não foram comprovadas. 

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Redes sociais

A missão da União Europeia registrou ainda a difusão de campanhas de desinformação nas plataformas digitais, com alcance ampliado por anúncios pagos e robôs.

“Embora as partes sejam obrigadas a reportar ao CNE as despesas de campanha nas redes sociais, a falta de mecanismos de verificação limita o monitoramento efetivo da conformidade regulatória”, disse o relatório preliminar da missão da UE.

Entenda

A oposição do Equador, liderada pela candidata Luísa González, do Revolução Cidadã, denunciou fraude na votação do último domingo (13), prometendo recorrer ao CNE para recontagem de votos.

Entre os indícios da denúncia de fraude eleitoral, a oposição cita o registro de atas eleitorais sem assinaturas e a diferença entre pesquisas eleitorais e resultados oficiais. Outra desconfiança da oposição foi a mudança de 18 locais de votação sob a alegação de falta de condições climáticas.

O Estado de Exceção decretado por Noboa um dia antes da votação também é apontado como interferência no processo eleitoral. O decreto suspendeu direitos fundamentais, como a inviolabilidade do domicílio e o direito à reunião, além de instituir toque de recolher na capital, Quito, e outras sete províncias. O governo alega que a medida foi necessária para frear o aumento da violência no país.

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A presidente do CNE, Diana Atamaint, afirmou que os resultados são “o fiel reflexo da vontade popular” de um processo transparente e que transcorreu em paz.

“A democracia é fortalecida quando a voz do povo é respeitada. E hoje essa voz foi ouvida claramente”, afirmou.

A eleição no Equador é por meio do voto manual, em papel. Com o fim da votação, cada urna é contada e o resultado é registrado em ata com a assinatura das autoridades presentes e verificada pelos fiscais dos partidos. Em seguida, a ata eleitoral é enviada para o CNE, que totaliza os votos.

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Internacional

Esposa de ex-presidente do Peru pede asilo ao Brasil após condenação

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© Presidência do Peru/Divulgação

O Ministério das Relações Exteriores do Peru informou nesta terça-feira (15) que Nadine Heredia, esposa do ex-presidente Ollanta Humala, entrou na embaixada brasileira em Lima para pedir asilo, horas depois de ambos terem sido condenados à prisão por lavagem de dinheiro.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil confirma que ela está na embaixada, mas não deu informações sobre o pedido de asilo.

A Justiça do Peru condenou Humala e Heredia a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro ilícito de empresas brasileiras para campanha política, em outra sentença de alto perfil em um país onde vários líderes foram envolvidos em casos de corrupção.

*Com informações da Agência Reuters

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