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Internacional

SpaceX lança foguete, mas propulsor explode após separar da Starship

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A SpaceX lançou, na manhã deste sábado (18), por volta das 10h (horário de Brasília), o foguete Super Heavy levando a nave Starship para um voo suborbital de teste. Não havia tripulação embarcada. Aconteceu uma explosão do propulsor, logo após a separação da nave. Em seguida, o centro de controle de lançamento perdeu contato com a Starship.

“O propulsor sofreu uma rápida desmontagem não programada logo após a separação do estágio, enquanto os motores da nave estelar funcionavam por vários minutos em seu caminho para o espaço”, informou.

A empresa disponibilizou no microblog X (antigo Twitter) o link para acompanhamento ao vivo. Confira o momento da decolagem a partir do minuto 38´50”. Confira aqui o lançamento.

O lançamento foi considerado bem sucedido pela SpaceX. “A Starship decolou com sucesso sob a potência de todos os 33 motores”. A primeira tentativa foi em abril. O propulsor explodiu antes de atingir a órbita terrestre. Como desta vez, não havia tripulação.

A empresa considera que o teste vai ajudar a melhorar a confiabilidade da Starship em busca de “tornar a vida multiplanetária”.

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A SpaceX escreveu, em nota, que vai analisar os dados do teste e que foi “emocionante”. A empresa considera que se trata de um teste. “O que fizemos fornecerá dados inestimáveis para continuar o rápido desenvolvimento da Starship”.

O Portal Comunica Arujá acredita no Jornalismo comprometido com a verdade dos fatos e com a ética, trazendo sempre os principais fatos de Arujá, além dos destaques nacionais e da mídia.

Internacional

EUA vetam resolução de conselho da ONU para cessar-fogo em Gaza

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Os Estados Unidos (EUA) vetaram nessa quarta-feira (4) projeto de resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que exigia “cessar-fogo imediato, incondicional e permanente” entre Israel e os militantes do Hamas em Gaza. Além disso, estabelecia acesso desimpedido à ajuda humanitária em todo o enclave devastado pela guerra.

Os outros 14 países do conselho votaram a favor da minuta, uma vez que o enclave, de mais de 2 milhões de pessoas, enfrenta crise humanitária e a ajuda só tem chegado após Israel suspender bloqueio de 11 semanas no mês passado.

“Os Estados Unidos foram claros: não apoiaríamos nenhuma medida que não condenasse o Hamas e não exigisse que o grupo islâmico se desarmasse e saísse de Gaza”, disse Dorothy Shea, embaixadora interina dos EUA na ONU, ao conselho antes da votação, argumentando que isso também prejudicaria os esforços liderados pelos EUA para intermediar um cessar-fogo.

Washington é o maior aliado e fornecedor de armas de Israel.

A votação do Conselho de Segurança ocorreu no momento em que Israel avança com uma ofensiva em Gaza, encerrando trégua de dois meses em março. Autoridades de saúde de Gaza afirmam que os ataques israelenses mataram 45 pessoas nessa quarta-feira, enquanto Israel disse que um soldado morreu nos combates.

A embaixadora do Reino Unido na ONU, Barbara Woodward, criticou as decisões do governo israelense de expandir as operações militares em Gaza e restringir severamente a ajuda humanitária como “injustificáveis, desproporcionais e contraproducentes”.

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Israel rejeitou os pedidos de um cessar-fogo incondicional ou permanente, dizendo que o Hamas não pode permanecer em Gaza. O embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, disse aos membros do conselho que votaram a favor do projeto: “Vocês escolheram o apaziguamento e a submissão. Escolheram um caminho que não leva à paz. Apenas a mais terror”.

O Hamas condenou o veto dos EUA, descrevendo-o como demonstração da preferência “cega da administração dos EUA” por Israel. O projeto de resolução do Conselho de Segurança também exigia a libertação imediata e incondicional de todos os reféns mantidos pelo Hamas e outros.

*(Reportagem adicional de Menna Alaa El Din)

*É proibida a reprodução deste conteúdo.

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Internacional

Parlamentares do Brics criticam guerra tarifária promovida pelos EUA

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Sem citar explicitamente o governo do presidente Donald Trump, parlamentares de países do Brics criticaram, nesta terça-feira (3), em Brasília, a guerra comercial promovida por meio de tarifas adotadas de forma unilateral pelos Estados Unidos (EUA), que impactam os mercados mundiais desde abril deste ano

Na condição de presidente do Brics em 2025, o Brasil sedia, nesta semana, o 11º Fórum Parlamentar do bloco, no qual se deu a reunião dos presidentes das comissões de relações exteriores de 15 países. O grupo inclui membros permanentes e parceiros do principal bloco de economias emergentes do planeta. 

O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado brasileiro, senador Nelsinho Trad (PSD-MS), presidiu a reunião, destacando a necessidade de aumentar o comércio entre os países do Brics e criticando medidas tarifárias unilaterais como as tomadas por Trump.

“É grande nossa preocupação com o aumento de medidas protecionistas unilaterais injustificadas, inconsistentes com as regras da OMC [Organização Mundial do Comércio], incluindo o incremento indiscriminado de medidas tarifárias e não tarifárias e o uso abusivo de políticas verdes para fins protecionistas”, destacou o parlamentar.

O representante brasileiro acrescentou que, apesar de um mundo cada vez menos cooperativo, o Brics continua firme “no seu compromisso de lutar pelo multilateralismo”. Ao contrário do bilateralismo ou unilateralismo, o multilateralismo busca construir soluções em conjunto com os países para os problemas comuns do planeta.

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A presidência do Brasil no Brics ocorre em meio à expansão do bloco e ao início do novo mandato de Donald Trump, que tem rejeitado o multilateralismo em favor de construir soluções unilaterais ou bilaterais, sendo as bilaterais aquelas acordadas apenas entre dois países. 

Guerra Fria

O vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores do Parlamento da China, deputado Wang Ke, destacou que a mentalidade da Guerra Fria está voltando ao mundo e que “alguns países” estão usando a intimidação unilateral para impor seus interesses.

“Alguns países estão aplicando tarifas em todos os lugares. Eles colocam abertamente seus próprios interesses acima do interesse da comunidade internacional e ignoram o sistema multilateral de comércio e as regras estabelecidas. Infringem gravemente os direitos e interesses legítimos de todos os países”, comentou o parlamentar chinês.

Wang Ke defendeu a unidade do Brics para enfrentar essa situação. “O Brics está se tornando cada vez mais a espinha dorsal da cooperação no Sul Global e o motor do crescimento. Devemos fortalecer a unidade e a cooperação e trabalhar juntos para salvaguardar nossos direitos e interesses legítimos”, concluiu.

O representante do parlamento do Emirados Árabes Unidos, Ali AlNuaimi, destacou que a ordem mundial que surgiu após a 2ª Guerra Mundial não existe mais e defendeu o uso da organização para construção de pontes entre os povos.

“Infelizmente, muitas vezes, existe a ideia de, se eu ganho, você perde. E o princípio do Brics é o princípio de que todos possamos ganhar”, explicou.

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11º Fórum Parlamentar do BRICS no Congresso Nacional. Reunião de presidentes de comissões de Relações Exteriores.Lula Marques/Agência Brasil

Moedas locais

A Indonésia, que ingressou no Brics como membro permanente neste ano, foi representada pelo deputado Mardani Ali Sera, que defendeu a expansão do comércio entre os países do Brics usando meios de pagamento com moedas locais. “Essas opções de pagamento reforçam nossa resiliência econômica para lidar com os desafios econômicos recentes”, destacou Ali Sera.

O uso de moedas locais para o comércio entre países do Brics, em substituição ao dólar, é uma das principais propostas do bloco. A ideia é alvo de duras críticas do presidente dos EUA, Donald Trump, que promete taxar países que substituam o dólar, como forma de preservar a hegemonia da moeda estadunidense no mercado global. 

África

O representante da África do Sul, o deputado Supra Mahumapelo, destacou que seu país tem tidos grandes benefícios como membro do Brics. Ele elogiou o trabalho do banco da instituição, hoje presidido pela ex-presidenta Dilma Rousseff, e defendeu a reforma das instituições multilaterais da ONU. 

“A arquitetura do sistema internacional promove um desequilíbrio pela influência desproporcional dos países desenvolvidos e das grandes corporações. Embora esse desequilíbrio continue no sistema de comércio global, essa arquitetura financeira está enraizada em arranjos unilaterais”, disse o representante sul-africano.

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A reforma dos organismos internacionais, como Organização Mundial do Comércio (OMC), Fundo Monetário Internacional (FMI) e Conselho de Segurança da ONU, está entre as principais demandas do Brics. 

Representando a Nigéria, que ingressou no Brics como membro parceiro neste ano, o deputado Busayo Oluwole Oke também criticou medidas protecionistas e sanções econômicas unilaterais.

“Vemos o início de uma nova ordem mundial com novos desafios. O comércio do Brics não é apenas uma meta, é uma necessidade. E isso se torna ainda mais crucial com as rupturas atuais ainda avançando na arena global do comércio ocidental. Que nós possamos diversificar nossos canais de comércio, menos dependentes de mercados internacionais”, afirmou o nigeriano.

América Latina

Além do Brasil, que é membro permanente do Brics, a América Latina conta com outros dois integrantes: Cuba e Bolívia, que são membros parceiros. A Argentina chegou a ser membro permanente do bloco, mas o presidente de ultradireita Javier Milei decidiu tirar o país da organização após assumir a Casa Rosada

O representante boliviano, o parlamentar Felix Ajpi Ajpi, lembrou que seu país oferece muitas oportunidades para investimentos por possuir as maiores reservas de lítio do planeta, um dos principais minerais usados pela indústria na transição energética.

“Defendemos adicionar mais países para esse sistema moderno [do Brics]. Por isso, a gente agradece ao Brasil por apoiar a gente, para que possamos virar parceiros nesse mundo multipolar, que é uma solução pacífica para o desenvolvimento, já que sofremos muito tempo com o unilateralismo”, disse.

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Cuba é outro país que ingressou neste ano como membro parceiro. O vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores de Cuba, Alberto Nuñez Betancourt, destacou que o Brics é um desafio para hegemonia ocidental.

“O desafio dos Brics é promover o Novo Banco de Desenvolvimento [NBD] com uso de moedas locais e criando projetos com apoio financeiro que permitam a países da África e da América Latina explorar planos de tecnologia com melhores condições se comparados àqueles que são impostos pelo FMI”, destacou o parlamentar cubano.

O NDB – banco do Brics – tem atualmente cerca de 100 projetos financiados que somam aproximadamente US$ 33 bilhões. O banco tem um papel central na estratégia do bloco de ampliar os investimentos nos países do bloco e do Sul Global.

Inicialmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, a coalização de países incluiu, no ano passado, como membros permanentes: o Irã, a Arábia Saudita, o Egito, a Etiópia e o Emirados Árabes Unidos.

Neste ano, foi a vez da Indonésia ser incluída como membro permanente. Além disso, em 2025, foi inaugurada a modalidade de membros parceiros, com a inclusão de nove países: Belarus, Bolívia, Cuba, Cazaquistão, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão.

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Internacional

Reino Unido decide apoiar plano do Marrocos para Saara Ocidental

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O governo do Reino Unido mudou sua posição histórica em relação à disputa sobre o território do Saara Ocidental, no Magreb africano, e anunciou apoio ao plano do governo do Marrocos de autonomia limitada sobre a área que vive uma guerra de cinco décadas com o grupo armado Frente Polisário, que luta pela independência da desértica região ocupada pelo povo saraauí. 

Em viagem a Rabat, capital do Marrocos, nesse domingo (1º), o ministro das Relações Exteriores britânico, David Lammy, informou sobre a decisão de apoiar o plano marroquino, seguindo a posição semelhante à dos Estados Unidos (EUA), da França e da Alemanha nos últimos anos.

“Aproximando-se o 50º aniversário do conflito, é vital que aproveitemos esta janela de oportunidade para garantir uma solução duradoura para a disputa, que proporcione um futuro melhor para o povo do Saara Ocidental”, informou a diplomacia inglesa.

Até então, o Reino Unido apoiava a solução de um referendo que seria realizado sob o controle das Nações Unidas (ONU). Previsto desde 1991, o referendo nunca ocorreu por falta de acordo sobre suas regras.

“Nesse contexto, o Reino Unido, ao encorajar as partes relevantes a se envolverem, urgente e positivamente, no processo político liderado pela ONU, considera a proposta de autonomia de Marrocos, apresentada em 2007, como a base mais confiável, viável e pragmática para uma resolução duradoura da disputa”, acrescentou o comunicado.

O Reino Unido acrescentou que apoia uma solução “que seja mutuamente aceitável para as partes relevantes” e se comprometeu a contribuir para um acordo.

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A nova posição coincidiu com o anúncio de planos de investimentos em infraestrutura para a Copa do Mundo de 2030, que será na Espanha, em Portugal e no Marrocos, simultaneamente. Segundo o Reino Unido, serão pagos a empresas inglesas 33 bilhões de euros em compras públicas nos próximos três anos.

A vizinha Argélia, que apoia a luta pela independência do Saara Ocidental, criticou a decisão do governo de Londres .

“Ao longo dos seus 18 anos de existência, esse plano nunca foi submetido ao povo saarauí como base para negociação, nem foi levado a sério pelos sucessivos enviados da ONU. Todos estes enviados notaram a natureza vazia da iniciativa de autonomia marroquina e a sua incapacidade de fornecer uma solução séria e credível para o conflito do Saara Ocidental”, disse comunicado da chancelaria argelina.

O governo de Argel acrescentou que, apesar do anúncio, não houve reconhecimento do Reino Unido da soberania do Marrocos sobre o Saara Ocidental. “Portanto, não endossa a ocupação ilegal desse território não autônomo sob a legitimidade internacional”, disse em nota.

Acordo mútuo

Para o representante da Frente Polisário no Brasil, Ahmed Mulay Ali Hamadi, a imprensa está divulgando a mensagem como se o Reino Unido apoiasse o Marrocos, mas ele destaca que a Coroa britânica mantém a posição de que haja entendimento entre as partes beligerantes.

“Marrocos tem vasta experiência em utilizar reuniões e declarações para enganar o público sobre os direitos do povo saarauí, claramente consagrados no direito internacional. Nesta ocasião, fez o mesmo, utilizando certas frases na sua comunicação social e omitindo os pontos mais importantes. Na declaração, os dois ministros declaram que a solução não pode ser unilateral”, disse à Agência Brasil.

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Historiador marroquino radicado no Brasil, Mohammed Nadir, que é professor de relações internacionais da Universidade Federal do ABC Paulista (UFABC), avalia que a posição do Reino Unido é mais uma derrota para a Frente Polisário e seu aliado, a Argélia.

“O referendo sob a tutela das Nações Unidas se verificou impraticável. Daí a necessidade de uma solução negociada que passa pelo projeto de autonomia limitada, pois essa é uma região diferenciada”, comentou.

Cresce apoio ao Marrocos

Em dezembro de 2020, os Estados Unidos (EUA), durante o primeiro mandato do presidente Donald Trump, costuraram um acordo com o rei marroquino Mohammad VI. Em troca do reconhecimento do Saara Ocidental como parte do Marrocos, a monarquia constitucional de maioria árabe firmou acordo de reconhecimento com Israel, por meio dos Acordos de Abraão. 

Em 2022, a Espanha passou a apoiar a proposta do Marrocos de um plano de autonomia limitada para o Saara Ocidental. Em 2023, a Alemanha anunciou apoio ao plano da monarquia africana. Em 2024, foi a vez de a França aceitar o plano de autonomia limitada como base para resolver o impasse.

Entenda

Com cerca de 266 mil quilômetros quadrados, semelhante ao tamanho do Piauí, o Saara Ocidental é ocupada pelo povo saarauí. A guerra, atualmente considerada de baixa intensidade, desestabiliza toda a região do Magreb africano, afetando os cerca de 600 mil habitantes da região, segundo dados das Nações Unidas (ONU).

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Apoiado pela União Africana (UA), o grupo pró-independência Frente Polisário acusa o Marrocos de manter, no norte da África, a última colônia do continente. O conflito começou nos últimos anos da colonização espanhola, em 1973.

Em 1976, após as últimas tropas espanholas deixarem o Saara Ocidental, o Marrocos assumiu o controle da região. A Frente Polisário autoproclamou a República Árabe Saarauí Democrática (RASD), tendo início o conflito que durou por 16 anos, até 1991, quando foi assinado um acordo de cessar-fogo com a intermediação da ONU.

Ficou acordado que um referendo seria realizado para saber se a região seria independente ou ficaria sob controle marroquino. Porém, a consulta nunca foi realizada por falta de consenso sobre as regras para a votação e sobre quem teria direito de votar. 

Em 2020, o secretário-geral da Frente Polisário e comandante do Exército de Libertação Saarauí, Brahim Ghali, anunciou a retomada da luta armada após incursões militares do Marrocos na zona tampão, criada por trás do gigantesco muro de 2,7 mil km de extensão. Construído a partir de 1980 pela monarquia marroquina, o muro visou a conter o Exército Saarauí.

A ONU estima que o conflito expulsou, ao menos, 173 mil pessoas que vivem em cinco campos de refugiados próximos à cidade de Tindouf, na Argélia.

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Matéria alterada às 15h para acréscimo de informações

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