Saúde
Conselho Brasileiro de Oftalmologia faz recomendações a atletas

Dados da Academia Americana de Oftalmologia indicam que, todos os anos, os esportes respondem por cerca de 100 mil acidentes oculares evitáveis. Para o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, os números reforçam a necessidade de orientar a população sobre a importância de check-up nos olhos antes da prática regular de atividades físicas.
Entre os problemas que um exame oftalmológico pode detectar estão erros refrativos comuns, como miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia. Todos, segundo o conselho, podem afetar o desempenho do atleta e aumentar o risco de lesões durante a prática desportiva. A avaliação também permite diagnosticar e monitorar condições oculares crônicas, como glaucoma, retinopatia diabética ou degeneração macular.
A proposta da entidade é unir os benefícios do esporte para o corpo e a mente aos cuidados com os olhos. Além de exames preventivos, o conselho classifica como fundamental que pessoas com alguma deficiência visual realizem atividades físicas de modo seguro.
Confira as principais recomendações para atletas, amadores e profissionais
Medidas de proteção
Ao praticar atividades físicas ao livre, deve-se adotar medidas de proteção e cuidado com os olhos, como usar óculos de sol com proteção para radiação ultravioleta para evitar danos causados pela exposição aos raios solares e proteger os olhos contra poeira e detritos.
Erros refrativos
Pessoas que usam óculos para correção de erros refrativos devem avaliar com um oftalmologista qual a melhor opção para uma adequada proteção ocular, com correção e segurança para a prática esportiva escolhida.
“O uso de lentes de contato pode ser uma opção, pois, além de proporcionar liberdade de movimento, pode melhorar o campo de visão periférica do atleta. As lentes são especialmente úteis em esportes onde o uso de óculos pode ser inconveniente ou representar um risco.”
Risco de trauma
Em esportes que envolvem alto risco de trauma ocular, como boxe, luta livre e caratê, o praticante deve fazer um exame oftalmológico antes de iniciar a prática esportiva. O objetivo é avaliar se há doença ocular preexistente que contraindique a prática esportiva.
Lesões oculares
O conselho destaca que os esportes são classificados de acordo com potenciais riscos de causar lesões oculares (por colisão, contato ou não contato). Há, portanto, contraindicação em casos de miopia patológica, pacientes monoculares ou submetidos a procedimentos cirúrgicos intraoculares cuja saúde visual pode ser comprometida pela prática esportiva.
Visão embaçada
Se o atleta sofrer um trauma e notar visão embaçada, hemorragia conjuntival ou dor ocular intensa, deve procurar atendimento oftalmológico de urgência.
“Os especialistas alertam que quadros não diagnosticados e tratados podem ocasionar lesões oculares de diversos níveis de gravidade, desde erosões epiteliais ou pequenas hemorragias conjuntivais a hemorragias intraoculares, descolamento de retina, catarata e ruptura do globo ocular.”
Lavar os olhos
Em caso de queda de produtos nos olhos, como protetor solar e cremes de cabelo, além do próprio suor, durante a prática esportiva, deve-se lavar os olhos com água corrente por vários minutos.
“Se houver dor persistente, embaçamento visual ou vermelhidão intensa, o oftalmologista deve ser acionado.”
Saúde
Casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave estão em queda, diz Fiocruz

O boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (10), no Rio de Janeiro, destaca que o número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) entrou em queda em grande parte do país, indicando uma tendência de reversão da doença.
O quadro é atribuído à interrupção do crescimento ou queda das hospitalizações pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) em crianças pequenas e de influenza A em idosos.
A análise dos especialistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta também para estabilidade nos casos de SRAG por Covid-19, que continuam baixos na maioria dos estados, com um pequeno aumento da doença no Estado do Rio de Janeiro.
A pesquisadora do InfoGripe, Tatiana Portella, alerta que, embora os números de casos de VSR e influenza A estejam caindo, ainda há locais com crescimento pontual em algumas faixas etárias. Os números de hospitalizações por SRAG ainda são considerados altos. Por isso, ela reforça a importância das medidas preventivas.
“É importante que todos estejam em dia com a vacina contra a gripe, continuem tomando alguns cuidados e mantendo a etiqueta respiratória, como fazer isolamento ou sair de casa usando máscaras em casos de aparecimento de sintomas de gripe ou resfriado, além de usar máscara em locais fechados e com muita aglomeração de pessoas. Além disso, pedimos que as pessoas verifiquem se estão em dia com a vacina contra a Covid-19, lembrando que idosos e pessoas imunocomprometidas precisam tomar doses de reforço a cada seis meses”, alerta a especialista.
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Incidência
Apesar da tendência de queda na maior parte do país, os casos de SRAG nas crianças, associados ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR), continuam elevados na maioria do país, com exceção do Tocantins e Distrito Federal.
Os casos de SRAG entre os idosos, associados à influenza A, permanecem em níveis de moderado a muito alto nos estados da região Centro-Sul, além de alguns estados do Norte (Amapá, Rondônia e Roraima) e do Nordeste (Alagoas, Sergipe, Maranhão e Paraíba).
O InfoGripe observa a incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com tendência de aumento na população idosa, associada à influenza A em alguns estados do Nordeste (Paraíba e Sergipe), e possibilidade de aumento de SRAG em crianças, associadas ao VSR em Roraima.
O InfoGripe é uma estratégia do Sistema Único de Saúde (SUS) voltada ao monitoramento de casos de SRAG no Brasil, oferecendo suporte às vigilâncias em saúde na identificação de locais prioritários para ações de preparação e resposta a eventos de saúde pública. A atualização é referente à Semana Epidemiológica 27, de 29 de junho a 5 de julho.
Saúde
Pesquisadores criam prótese com antibiótico para tratar infecções

A substituição de articulações desgastadas por próteses tem trazido melhor qualidade de vida para pessoas com diferentes quadros de saúde, especialmente idosos, que conseguem voltar a se locomover sem dor após o procedimento. Mas, em alguns casos, a melhora é interrompida por infecções, que demandam um longo tratamento com antibióticos e a retirada das próteses, devolvendo o paciente a uma rotina com limitações.
Um projeto desenvolvido por pesquisadores paranaenses pretende ajudar a mudar esse percurso, com uma prótese biodegradável, fabricada em impressora 3D a partir de um polímero plástico que pode ser associado com antibióticos. O material está em fase de testes clínicos e foi aplicado, até agora, em 15 pacientes, que receberam próteses de quadril no Hospital Universitário Cajuru em Curitiba, com resultados preliminares positivos.
“Hoje não existe no SUS uma prótese temporária com antibiótico que seja acessível. As que existem são importadas e de alto custo”, ressalta o professor e pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Saúde da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Felipe Francisco Tuon, que lidera o projeto.
Atualmente, quando o paciente desenvolve uma infecção, ele precisa retirar a prótese permanente de titânio e ficar sem nenhum substituto enquanto a doença é tratada, o que costuma levar pelo menos seis meses. “Nesse tempo, a pessoa vai sentir dor. Dependendo do local da prótese, ela não vai conseguir andar. E fica um espaço vazio, o que aumenta a chance de ter hematoma, uma nova infecção, e acaba acontecendo uma retração muscular”, complementa o pesquisador.
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A prótese de polímero foi pensada para substituir a permanente durante o tempo de tratamento, com o adicional do antibiótico, que ajuda a controlar a infecção diretamente no local afetado. Depois que a batalha contra as bactérias é vencida, o paciente pode receber novamente a prótese permanente, com menos riscos de complicações.
O uso da impressora 3D também é uma grande vantagem, já que permite tanto a produção em larga escala de modelos padronizados, com um baixo custo, quanto de peças personalizadas.
“Para alguns pacientes que necessitem de uma prótese de tamanho diferente do padrão, é possível fazer uma tomografia computadorizada, e construir uma prótese com as características específicas para aquele paciente”, complementa Tuon.
Os pacientes que receberam a prótese temporária de quadril continuam sendo avaliados, e a pesquisa espera fazer testes clínicos com pessoas que precisam de prótese no joelho e no ombro no ano que vem.
A equipe também está ampliando a estrutura de produção, após receber um financiamento de R$ 3 milhões do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O novo centro de impressão 3D vai permitir que as próteses sejam enviadas à rede pública de todo o Brasil.
“O objetivo é fornecer as próteses para todos os hospitais que quiserem participar do projeto. A gente tem aqui capacidade de produção e material para anos de próteses”, conclui Tuon.
Saúde
Casos de Síndrome Respiratória Grave seguem em alta no Rio

Mesmo apresentando sinais de desaceleração, o número de internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) ainda se mantém acima do esperado no estado do Rio de Janeiro. É o que mostra a nova edição do Panorama SRAG, análise semanal divulgada nesta quarta-feira (9) pela Secretaria de Estado de Saúde.
A pressão por leitos hospitalares persiste, mesmo com redução no número de casos, a demanda ainda supera 600 solicitações semanais.
Até esta terça-feira (8), foram registradas 11.635 internações e 836 óbitos por SRAG. O número apresentou um pequeno recuo nas últimas semanas. A estimativa é feita por nowcasting, modelo que corrige distorções por atraso nas notificações.
A faixa mais afetada continua sendo crianças de 1 a 5 anos de idade.
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Entre crianças de até 9 anos de idade, o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) continua sendo o mais detectado nos testes, junto do com o Rinovírus. Entre idosos, com 60 anos ou mais, o subtipo H1N1 da Influenza A foi o principal agente identificado entre abril e junho. Em maio, a Influenza passou a liderar os óbitos por SRAG, porém o quadro tem recuado um pouco, atualmente.
A superintendente de Vigilância em Saúde, Luciane Velasque, informou que “o estado continua com uma cobertura baixa de Influenza, em torno de 30%”.
“As crianças, nesse momento, ainda internam muito por Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que é um outro vírus, e os idosos vinham com uma internação maior por influenza (H1N1). Agora os idosos já passam a internar também por covid-19. As pessoas devem ir aos postos de saúde para se vacinar contra a gripe e a Covid”, disse.
Até esta quarta-feira (9), em todo o estado foram aplicadas 2.837.024 doses, sendo 1.314.059 nos públicos prioritários, o que corresponde a apenas 29,4% da meta estabelecida pelo Ministério da Saúde. Regiões como a baixada litorânea, Metropolitana I e Baía da Ilha Grande apresentam os piores índices.
A vacinação é gratuita, segura e está disponível em todos os postos de saúde.
A campanha anual de imunização contra a influenza segue até janeiro de 2026, com estratégias específicas para alcançar os grupos mais vulneráveis. Desde fevereiro, o estado ampliou o número de leitos pediátricos que atendem casos graves de SRAG: são 85 ao todo, sendo 40 no Hospital Estadual Ricardo Cruz e 45 no Hospital Zilda Arns.
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