Internacional
Hamas liberta primeira de três reféns que devem voltar hoje a Israel

Já foi libertado um dos três reféns israelenses que vão ser entregues nesta quinta-feira (30) pelo Hamas. O Exército israelense confirmou que a refém Agam Berger já está em Israel. Os três reféns vão ser trocados por 110 cidadãos palestinos detidos por Israel.
Agam Berger “cruzou a fronteira para território israelense” sob a proteção de membros das forças especiais, após ser entregue ao Exército pela Cruz Vermelha em Jabalia, no norte do enclave, disse o Exército israelense em comunicado.
A soldado foi levada por militares até um palco improvisado, onde acenou para uma multidão que se juntou numa praça em Jabalia, cercada por um cenário de destruição. Agam Berger, de 20 anos, foi capturada durante o ataque do Hamas, em 7 de outubro de 2023, quando cumpria o serviço militar perto da Faixa de Gaza.
A libertação da soldado é a primeira prevista para esta quinta-feira, na terceira troca de reféns por prisioneiros palestinos no âmbito do cessar-fogo entre Israel e o Hamas.
Os outros dois a serem libertados hoje são outra jovem de 29 anos, Arbel Yehud, e um cidadão israelense-alemão de 80 anos, Gadi Moses.
Os três reféns vão ser trocados por 110 cidadãos palestinos detidos por Israel, incluindo 32 condenados à prisão perpétua.
Cinco tailandeses também devem ser libertados ainda hoje, fora do âmbito do acordo de trégua. Uma quarta troca está prevista para sábado (1º), com a libertação de três homens de acordo com o calendário anunciado por Israel.
Três civis israelenses e quatro soldados – todas mulheres – foram libertados até agora como parte do acordo de cessar-fogo, que começou em 19 de janeiro. Em troca, Israel libertou 290 condenados e detidos palestinos.
Palestinos continuam a regressar ao norte de Gaza
No âmbito do acordo que interrompeu 15 meses de guerra na Faixa de Gaza, Israel autorizou igualmente o regresso das pessoas deslocadas ao norte do enclave palestino. Segundo os dados mais recentes da Organização dos Estados Unidos (ONU), mais de 376 mil palestinos deslocados já regressaram ao norte da Faixa de Gaza desde segunda-feira (27).
O Hamas classificou o regresso como “vitória” para o povo palestino e sinalizou “o fracasso e a derrota dos planos de ocupação”.
Quase todos os 2,4 milhões de moradores da Faixa de Gaza foram deslocados pela guerra desencadeada pelo ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023.
O cessar-fogo durará seis semanas e permitirá a libertação de 33 reféns mantidos em Gaza em troca de cerca de 1.900 prisioneiros palestinos.
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Internacional
Geólogos descobrem pulsações iguais a de coração abaixo da Etiópia

Geólogos ingleses descobriram a existência de ondas rítmicas, que pulsam com uma frequência parecida com as batidas de um coração, abaixo da região de Afar, entre a Etiópia e Uganda.
O estudo sobre a descoberta foi publicado na revista científica Nature, em junho, e é assinado por 16 pesquisadores, com o nome da geóloga Emma J. Watts em destaque.
Abaixo de Afar, existe uma coluna de rocha derretida que pulsa para cima e sobe do interior da Terra até a superfície. O mecanismo pode ser o responsável pela formação de uma fenda que está rachando lentamente o continente africano. Essa rachadura pode criar um novo oceano e fazer com que parte da Etiópia se torne uma ilha.
Encontro de fendas
A região tem uma característica rara que é ser ponto de encontro de três fendas tectônicas: da Etiópia, do Mar Vermelho e do Golfo de Áden.
Ao longo de milhões de anos, à medida que as placas tectônicas se afastam, elas se esticam e afinam até se romperem, o que produz uma estrutura geológica conhecida como rifte.
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Segundo o estudo, o movimento das placas tectônicas influenciam o manto abaixo de Afar a se mover também, por meio desses pulsos.
Os cientistas analisaram dados geoquímicos de mais de 130 amostras de vulcões “jovens”, maneira como são chamadas as ressurgências do manto na superfície com menos de 2,6 milhões de anos. Esses materiais, então, foram comparados com rochas mais antigas, para entender as mudanças químicas ao longo do tempo.
A partir do estudo, os geólogos vão tentar entender melhor qual é a velocidade desses pulsos e quais são os efeitos que eles provocam na superfície da Terra.
Internacional
Ato no Rio defende rompimento do Brics com Israel

Protesto realizado na tarde desta segunda-feira (7) na Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, pediu o rompimento de relações econômicas, diplomáticas e militares do Brasil e do Brics com o Estado de Israel. A manifestação foi convocada pelo Comitê de Solidariedade com a Luta do Povo Palestino do estado do Rio no segundo e último dia de reunião do Brics.
O comitê reúne partidos políticos e organizações da sociedade civil. Segundo uma das coordenadoras do grupo, Maristela Santos Pinheiro, as entidades são contrárias à declaração final da 17ª Cúpula do Brics, que voltou a defender, como nas edições anteriores, a solução de dois Estados, um palestino e outro israelense, para o conflito do Oriente Médio que dura mais de sete décadas.
“Os palestinos foram expulsos de suas casas e assassinados para a construção do Estado sionista de Israel. O que restou da Palestina, que foi a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, está sendo massacrado. Estão sendo bombardeados acampamentos de plástico onde a população está”, disse Maristela.
De acordo com a ativista, os movimentos são a favor de um Estado palestino laico, democrático para todos os povos que lá estão, palestinos, judeus e cristãos. “O Estado de Israel foi votado para existir. Não tem relação com aquela terra. Não estamos propondo expulsar os judeus. Queremos um Estado para todos”, afirmou a coordenadora.
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Apesar de ser membro do Brics, o Irã manifestou, por nota, posição diferente. O chanceler iraniano, Seyed Abbas Araghchi, chamou a solução de dois Estados de “irreal” e defendeu a solução de Estado único para mulçumanos, cristãos e judeus.
“A República Islâmica do Irã considera que uma solução justa para a Palestina seja um referendo com a participação de todos os habitantes originais da Palestina, incluindo judeus, cristãos e muçulmanos, e esta não é uma solução irrealista ou inatingível”, disse o ministro iraniano.
O rabino Yisroel Dovid Weiss, de Nova York, da organização Judeus Unidos contra o Sionismo, disse estar presente à manifestação para demonstrar a necessidade de líderes mundiais reunidos no Brics tomarem ações imediatas a fim de parar o genocídio em Gaza e o inumano bloqueio de comida e ajuda médica por parte de Israel para os moradores da região. “Se opor à ocupação da Palestina não é ser antissemita, não é ser contra a religião judaica, mas ser contra a ocupação sionista do Estado de Israel”, afirmou.
Segundo o rabino, o sionismo é um movimento político de nacionalismo para conquistar terras e oprimir outros povos.
O diretor do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Estado do Rio (Sepe) Eduardo Mariani disse que um estado laico acolhe todas as religiões. “Na Palestina, antes da criação do Estado de Israel em 1948, coexistiam pacificamente judeus e muçulmanos num mesmo território. O Estado de Israel é um Estado artificial criado pelas Nações Unidas. Em 1948, ocorreu a catástrofe em que 750 mil palestinos tiveram que deixar suas residências. Não somos contra os judeus. Somos contra o governo de extrema-direita do Benjamin Netanyahu.”
No documento oficial da cúpula do Rio, publicado neste domingo (6), o Brics defende a retirada completa de Israel da Faixa de Gaza, da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental, territórios palestinos ocupados pelos israelenses desde 1967. O Irã é signatário do documento, mas defende a proposta de estado único para mulçumanos, cristãos e judeus.
Internacional
Médicos sem Fronteiras tem 12º profissional morto em Gaza

A organização Médicos sem Fronteiras (MSF) registrou o 12º profissional morto na Faixa de Gaza desde outubro de 2023. Abdullah Hammad foi assassinado pelo Exército israelense no último dia 3 de julho na região sul do território.
“As forças israelenses atacaram deliberadamente um grupo de pessoas que aguardavam por caminhões de ajuda, incluindo Abdullah, sem qualquer advertência prévia”, afirma o MSF.
Abdullah era higienista, profissional responsável pela desinfecção e manutenção do ambiente hospitalar seguro e livre de microrganismo, e havia trabalhado na clínica do MSF em Al Mawasi por um ano e meio.
“A MSF está chocada e profundamente triste com esta tragédia atroz”, disse em nota.
Pelo menos 16 pessoas foram mortas no total no mesmo incidente, de acordo com as equipes médicas do hospital Nasser.
Abdullah Hammad é carregado no hospital Nasser após ter sido baleado por forças israelenses, quando tentava coletar um saco de farinha no sul de Gaza. Foto: Médicos sem Fronteiras/Divulgação
“O grupo esperava desesperadamente para coletar farinha de um caminhão de assistência em Khan Younis, no sul de Gaza, próximo a uma usina de dessalinização na região, onde um episódio semelhante já havia ocorrido em 17 de junho”, informou a organização humanitária.
Segundo o coordenador de emergência de MSF em Gaza, Aitor Zabalgogeazkoa, é provável que o número real de mortos seja muito maior, pois o Exército israelense se recusou a permitir que os corpos fossem retirados do local.
“As forças israelenses então ordenaram que as pessoas que estavam tentando recolher farinha saíssem imediatamente. O nível de desespero por alimentos em Gaza está nesse momento além de qualquer compreensão. A capacidade das agências humanitárias de atender às necessidades urgentes está restrita ao mínimo necessário. As autoridades israelenses estão limitando as movimentações e a circulação de suprimentos e criaram uma maneira militarizada de distribuir alimentos que é degradante e mortal. A situação de fome sistêmica e deliberada a que os palestinos estão sendo submetidos há mais de 100 dias está levando as pessoas em Gaza ao limite. Esta carnificina precisa acabar agora”, disse Aitor, em nota.
No dia 4 de julho, a Organização das Nações Unidas (ONU) registrou 613 mortes em pontos de distribuição de alimentos em Gaza. Os números abrangiam o período de 27 de maio a 27 de junho.
Profissionais do MSF que estiveram recentemente na Faixa de Gaza relataram um cenário de terra devastada pelos bombardeios do exército israelense.
Segundo a coordenadora do MSF em Jerusalém Oriental, Damares Giuliana, que atendia os territórios de Gaza e Cisjordânia, 94% dos hospitais de Gaza estão fora de funcionamento porque foram bombardeados ou despejados. Os 6% que ainda funcionam também foram danificados.
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