Internacional
Papa Francisco: velório aberto começa amanhã, funeral será no sábado

Nesta quarta-feira (23), o caixão com o corpo do papa Francisco será trasladado da capela da Casa de Santa Marta para a Basílica de São Pedro, onde fieis poderão despedir-se do pontífice. As informações foram divulgadas pelo Vaticano.
Em nota, a Santa Sé informou ainda os horários para visitação de fiéis à Basílica de São Pedro: na quarta-feira, das 11h à meia-noite; na quinta-feira (24), das 7h à meia-noite; e na sexta-feira (25), das 7h às 19h.
O funeral de Francisco foi agendado para o próximo sábado (26), a partir das 10h, na própria Basílica de São Pedro. De lá, o caixão contendo o corpo será levado para a Basílica de Santa Maria Maior, onde será sepultado, conforme pedido do pontífice.
A cerimônia, conhecida como Missa de Exéquias, marca o primeiro dia do Novendiali ou nove dias de luto e orações em honra ao papa. A celebração, no átrio da basílica, será presidida pelo cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio Cardinalício.
Ao final, ocorrerão os ritos da Última Commendatio e da Valedictio — despedidas solenes que marcam o encerramento das exéquias.
Internacional
Órgão de vigilância nuclear da ONU diz que Irã viola obrigações

O conselho de governadores do órgão de vigilância nuclear da ONU declarou que o Irã violou suas obrigações de não-proliferação, nesta quinta-feira (12). O país do Oriente Médio anunciou contramedidas, enquanto as tensões aumentam na região antes de novas negociações nucleares do país com os Estados Unidos.
Autoridades dos EUA e do Irã realizarão uma sexta rodada de negociações sobre o programa de enriquecimento de urânio acelerado de Teerã em Omã no domingo (8), disse o ministro das Relações Exteriores de Omã nesta quinta-feira.
Mas os temores de segurança aumentaram desde que o presidente dos EUA, Donald Trump, disse na quarta-feira (11) que cidadãos norte-americanos estavam sendo retirados da região porque “poderia ser um lugar perigoso” e que Teerã não teria permissão para desenvolver arma nuclear.
O conselho da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) declarou que o Irã violou suas obrigações de não-proliferação pela primeira vez em quase 20 anos, aumentando a perspectiva de reportá-lo ao Conselho de Segurança da ONU.
A medida é o ponto culminante de vários impasses entre a AIEA, sediada em Viena, e o Irã desde que Trump retirou os EUA de um acordo nuclear entre Teerã e grandes potências em 2018 durante seu primeiro mandato, após o qual o acordo se desfez.
Uma autoridade da AIEA disse que o Irã respondeu informando ao órgão de vigilância nuclear que planeja abrir uma nova instalação de enriquecimento de urânio.
A ação do Irã é uma das várias medidas que estão sendo tomadas por causa da resolução, disse a TV estatal iraniana. O funcionário da AIEA, que falou sob condição de anonimato, afirmou que o Irã não forneceu mais detalhes, tais como a localização da instalação.
Behrouz Kamalvandi, porta-voz da organização de energia atômica do Irã, disse à TV estatal que Teerã havia informado a AIEA sobre duas contramedidas, incluindo “a atualização das centrífugas em Fordow (usina de enriquecimento) da primeira para a sexta geração, o que aumentará significativamente a produção de urânio enriquecido”.
O enriquecimento pode ser usado para produzir urânio para combustível de reator ou, em níveis mais altos de refinamento, para bombas atômicas. O Irã afirma que seu programa de energia nuclear é apenas para fins pacíficos.
Reiterando a posição do Irã de que não abandonará o direito ao enriquecimento nuclear como signatário do Tratado de Não Proliferação, uma autoridade sênior iraniana disse à Reuters que as tensões crescentes na região têm a intenção de “influenciar Teerã a mudar sua posição sobre seus direitos nucleares”.
Retirada parcial
Os Estados Unidos estão preparando uma retirada parcial de funcionários de sua embaixada no Iraque e permitirão que familiares de militares deixem locais no Oriente Médio devido ao aumento dos riscos de segurança na região, disseram fontes norte-americanas e iraquianas na quarta-feira.
As quatro fontes não especificaram quais riscos de segurança motivaram a decisão de retirada, e o Departamento de Estado dos EUA não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Os preços do petróleo subiram com a notícia da retirada parcial.
O presidente norte-americano, Donald Trump, ameaçou repetidamente atacar o Irã se as negociações sobre seu programa nuclear fracassarem. Ele disse ainda que estava cada vez menos confiante de que Teerã concordaria em parar de enriquecer urânio, uma exigência norte-americana.
O ministro da Defesa iraniano, Aziz Nasirzadeh, também disse na quarta-feira que o Irã retaliaria as bases norte-americanas na região se as negociações nucleares fracassassem e o país fosse submetido a ataques.
Os Estados Unidos têm presença militar no Iraque, Kuweit, Catar, Barein e Emirados Árabes Unidos.
Internacional
Brasileiro Thiago Ávila vai para solitária em prisão de Israel

Os advogados que fazem a defesa do ativista brasileiro Thiago Ávila, em Israel, informaram que ele foi colocado em confinamento solitário e transferido para outra prisão separada dos demais ativistas presos. A organização de direitos humanos Adalah, que faz a defesa dos detidos, informou que Thiago foi punido com a solitária por ter iniciado uma greve de fome pela sua libertação.
“[A defesa] informa que Israel ameaçou deixá-lo na solitária por 7 dias em uma cela escura, pequena, sem ar e sem acesso a ninguém”, diz comunicado da Flotilha da Liberdade Brasil, entidade que organizou a missão humanitária para a Faixa de Gaza. O caso é considerado crime de guerra pelo Conselho Nacional de Direitos Humanos.
A defesa sustenta que eles não cometeram qualquer crime e que foram sequestrados por Israel já que a interceptação do barco que levava alimentos e remédios a Gaza ocorreu em águas internacionais. Os advogados da Adalah pedem a libertação imediata de todos os oito ativistas e solicitam o fim das ações de retaliação.
“Thiago Ávila foi colocado em isolamento na prisão de Ayalon por causa de sua greve de fome e sede, que começou há dois dias. Ele também tem sido tratado agressivamente pelas autoridades prisionais, apesar de que não tenha escalado para uma agressão física”, diz informe da coalizão que tentou furar o bloqueio de Israel contra Gaza.
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Na manhã de hoje (11), o Judiciário israelense decidiu deportar o brasileiro em prazo que vence nesta quinta-feira (12). Porém, não foi definido qualquer horário para deportação.
Brasileiro Thiago Ávila e mais 11 ativistas foram presos pela Marinha israelense – Foto: Rafa Neddermeyer/Arquivo/Agência Brasil
A esposa de Thiago, Iara Souza, disse que, poucas horas após ser informada da decisão sobre a deportação, recebeu nova ligação da advogada informando sobre a transferência para a cela solitária.
“Há informações conflitantes. Eles estão dizendo que ele partirá no próximo voo e depois marcando uma audiência para julho. Então, estou muito nervosa e não sei bem o que está acontecendo”, lamentou em uma rede social.
O brasileiro e outros 11 ativistas foram presos pela Marinha israelense enquanto tentavam desembarcar na Faixa de Gaza, que há mais de três meses sofre com um bloqueio israelense que impõe fome a quase 2 milhões de palestinos.
Outra ativista, a euro-deputada franco-palestina Rima Hassan também teria sido colocada em solitária após escrever “Palestina Livre” na parede da cela. Porém, posteriormente, a Flotilha informou que ela retornou para prisão de Givon, onde estão os demais ativistas presos. Já Thiago permanece na solitária.
“O ato de isolamento e transferência para diferentes prisões constituem uma séria violação dos direitos dos voluntários e uma tentativa clara de exercer a eles uma pressão mental e política”, diz a organização Flotilha da Liberdade.
A Agência Brasil entrou em contato com a Embaixada de Israel no Brasil para que se manifestasse sobre a transferência de Thiago para uma solitária. Porém, a assessoria da embaixada informou que não comentaria o assunto.
Em nota, se limitou a dizer que o brasileiro está sob custódia das autoridades israelenses. “Diante do fato de que ele se recusou a assinar uma deportação voluntária, ele precisa passar por um processo legal que permitirá isso”, informou a representação de Tel Aviv no Brasil.
Na noite de ontem (10), o Itamaraty publicou nota condenando a prisão do brasileiro, informando que acompanha o caso e exigindo a libertação dos presos. Segundo o MRE, a prisão em águas internacionais é uma “flagrante transgressão ao direito internacional”. “O Brasil clama pela libertação de seu nacional e insta Israel a zelar pelo seu bem-estar e saúde”, destaca o texto.
Deportação
Thiago não foi deportado imediatamente, como a ambientalista sueca Greta Thunberg, por ter se negado a assinar documento em que reconheceria que cometeu um crime de tentar entrar em Israel sem autorização. Segundo a Flotilha, o grupo concordou que Greta e outros presos assinassem o documento para que, voltando a seus países, pudessem denunciar a situação.
Um dos ativistas libertados, o jornalista da Al Jazeera Omar Faiad, informou, após ser deportado para Paris, que policiais israelenses ameaçaram a parlamentar Rima Hassan caso não assinasse a deportação.
Crime de guerra
O Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) publicou nota em que classifica a interceptação do navio Madeleine, da Flotilha da Liberdade, por Israel como um crime de guerra e pede ao governo brasileiro a suspensão das relações diplomáticas e comerciais com Tel Aviv.
“O CNDH entende que a interceptação de embarcação civil com finalidade exclusivamente humanitária, em águas internacionais, configura grave violação aos tratados internacionais ratificados pelo Estado de Israel, além de significar um crime de guerra em mais um episódio de impedimento à ajuda às vítimas de uma crise humanitária sem precedentes”, disse o conselho.
O governo israelense divulgou fotos de Thiago Ávila e Greta Thunberg ironizando o barco dos ativistas como “Iate Selfie” e acrescentando que a pequena quantidade de alimentos será enviada à Gaza por “canais humanitários reais”.
“Mais de 1.200 caminhões de ajuda humanitária entraram em Gaza vindos de Israel nas últimas duas semanas, e cerca de 11 milhões de refeições foram transferidas pelo GHF [Fundação Humanitária de Gaza] diretamente para civis em Gaza. Há maneiras de entregar ajuda à Faixa de Gaza — elas não envolvem provocações e selfies”, comentou o Ministério das Relações Exteriores de Israel, em uma rede social.
Fome em Gaza
A Organização das Nações Unidas (ONU) denuncia que Israel bloqueia a entrada de 6 mil caminhões com ajuda humanitária na fronteira com o Egito e condena a forma de distribuição de alimentos pela GHF, marcada por massacres contra aqueles que buscam alimentos nos centros da organização.
“Dia após dia, vítimas e dezenas de feridos são relatados em pontos de distribuição operados por empresas de segurança israelenses e privadas”, informou o diretor-geral da Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA), Philippe Lazzarini.
Após limitar a entrada de ajuda humanitária em Gaza desde o dia 7 de outubro de 2023, o governo de Israel bloqueou completamente a entrada de medicamentos ou alimentos no dia 2 de março de 2025. Após forte pressão internacional, a entrega de ajuda humanitária foi retomada por meio de uma organização dos Estados Unidos (EUA) apoiada por Israel, a GHF.
A ONU afirma que a forma de distribuição de alimentos é desumana e a quantidade, insuficiente.
“Nossos armazéns fora de Gaza estão lotados com um volume de assistência equivalente a 6.000 caminhões. Deixar a comida apodrecer e os remédios expirarem deliberadamente seria simplesmente obsceno”, completou Lazzarini.
Marcha Global a Gaza
Seguindo o exemplo da Flotilha da Liberdade, milhares de ativistas de 51 países se articulam para uma marcha no Egito até a fronteira com Rafah, cidade ao sul de Gaza. Caravanas de países do Norte da África, da Turquia, e de todos os continentes esperam fazer uma marcha de três dias até Gaza para denunciar o cerco imposto por Israel à entrada de ajuda humanitária no território.
Internacional
Miguel Uribe mostra sinais de melhora neurológica após ser baleado

O senador Miguel Uribe, de 39 anos, continua em estado crítico depois de ter sido baleado em Bogotá no sábado (7), mas mostrou sinais de melhora neurológica, informou o Hospital Santa Fé em um comunicado nesta quarta-feira (11).
Possível candidato à Presidência da Colômbia, ele é membro do partido de oposição de direita Centro Democrático. Uribe foi baleado na cabeça enquanto discursava em evento de campanha, em um parque público na capital.
“Apesar da gravidade de sua condição, há sinais de melhora neurológica devido a uma diminuição do edema cerebral. Há também evidências de uma tendência à estabilização hemodinâmica”, informou o Hospital Santa Fé.
*É proibida a reprodução deste conteúdo.
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