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Evento para popularização da ciência ocorre em todo o país essa semana

A 20ª edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT 2023) foi oficialmente aberta, nesta terça-feira (17), em Brasília, em cerimônia que contou com a presença de autoridades do governo federal, pesquisadores, artistas, professores e, sobretudo, de estudantes de instituto federais de ensinos superior e técnico, vindos de diversas partes do país para apresentar experimentos na mostra científica, preparada exclusivamente para a semana comemorativa.
Em 2023, o tema do evento, promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), é Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável, com foco nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estipulados pela Organização das Nações Unidas (ONU), em uma agenda a ser cumprida pelos países até 2030.
O evento ocorre em todo o Brasil, de 14 a 22 de outubro. O objetivo é popularizar a ciência entre os brasileiros.
Abertura da semana
As irmãs Beatriz e Isabella Toassa, de 13 e 12 anos, respectivamente, que formam a dupla Big Bang, vindas de São Paulo, abriram a 20ª edição do evento, em Brasília, com o título de cientistas mais jovens do país. Elas citaram dois nomes de figuras brasileiras que as inspiram pelas contribuições ao mundo: Santos Dumont, o pai da aviação; e a cientista baiana Jaqueline Goes de Jesus, que mapeou o genoma do novo coronavírus.
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, enfatizou que o evento tem o objetivo de aproximar as pessoas da ciência e despertar o interesse pelo tema desde a infância. “A ciência não é uma coisa distante de nós, não é algo complicado. A ciência está em tudo e ela existe para encontrar respostas para os problemas do nosso tempo e para principalmente cuidar das pessoas. Nós não queremos que a ciência seja o assunto de poucos que fique restrita às universidades e instituições de pesquisa”.
A ciência tem o papel de ferramenta para geração de valor de inovação, de riquezas, de soluções para os nossos desafios de inclusão social e de melhoria da qualidade de vida do nosso povo”, destaca a ministra
Luciana Santos, durante cerimônia de abertura da 20ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia – Marcelo Camargo/Agência Brasil
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Marina Silva, falou sobre a superação da visão negacionista contra as evidências comprovadas cientificamente. “A visão negacionista do mundo é um grande prejuízo econômico, social, cultural e humanitário”.
Marina Silva diz que Brasil superou a visão que negava a ciência- Marcelo Camargo/Agência Brasil
A vice-presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação da Câmara Federal, a deputada Daiana Santos (PCdoB-RS) destacou a necessidade de ampliar o acesso de mulheres negras na ciência e na pesquisa. “A democratização real desses espaços fala, justamente, do desenvolvimento social e econômico do nosso país”.
Já a ministra da Saúde, Nísia Trindade, reconheceu que os estudantes sempre foram a alma da semana anual de ciência e tecnologia. A ministra, que foi presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), instituição de ensino e pesquisa, frisou que a luta pelo reconhecimento da ciência deve persistir. “Todos os dias, nós estamos vendo que a ciência não pode estar em uma torre de marfim”.
Em discurso, o ministro da Educação, Camilo Santana, apontou que o terceiro governo do presidente Lula tem investido na interiorização do acesso de jovens à ciência, tecnologia e que bolsas de pesquisadores foram reajustadas nesta gestão. “Um país só se torna soberano, forte, independente e justo se investir em educação, ciência e tecnologia para o seu povo, sua nação. Portanto, esse presidente colocou, para todos nós, ministros, o desafio de reconstrução desse país”.
Camilo Santana diz que governo tem investido na interiorização do acesso a ciência e tecnologia- Marcelo Camargo/Agência Brasil
Além deles, o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, lembrou este governo tem valorizado e investido na ciência em diversos segmentos, como a saúde, na educação e o meio ambiente. Porém, a autoridade afirmou que não existe pesquisa científica sem conectividade e inclusão digital. E que a pasta comandada por ele será parceira para apoiar as instituições de ensino. “Que a gente consiga fazer com que a conectividade seja uma realidade nas escolas públicas brasileiras. Dentro dos institutos federais, que ela possa servir aos alunos; assim como nas universidades. E que a gente possa fazer da nossa Amazônia brasileira um centro de biotecnologia, de bionegócios.”
Vacinação
Nísia Trindade falou sobre o Dia Nacional da Vacinação – Marcelo Camargo/Agência Brasil
O Ministério da Saúde trouxe para a mostra científica da 20ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, a importância da vacinação. Em entrevista à Agência Brasil, Nísia Trindade falou sobre o Dia Nacional da Vacinação, celebrado neste 17 de outubro. “A nossa mensagem, hoje, vai, sobretudo, para as famílias, para que possamos proteger as crianças e adolescentes. Isso é ciência, é consciência, é educação e, sobretudo, é proteção da vida. As vacinas salvam vidas, são seguras, são a grande ferramenta que aumentou a expectativa de vida em todo o mundo”.
Serviço
A Mostra Científica da 20ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, em Brasília, ocorre até domingo (22), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, na ala sul. A entrada é gratuita, das 9 há às 17h.
Para quem quiser saber quais eventos da SNCT 2023 estão agendados para outras cidades, basta acessar o site do MCTI e baixar a programação nacional completa.
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Pessoas com deficiência terão cotas no ensino técnico e superior de SP

Os cursos técnicos e as universidades estaduais de São Paulo terão de reservar vagas para pessoas com deficiência, como prevê a Lei 18.167/2025. Promulgada pelo governador Tarcísio de Freitas, a lei foi publicada na quinta-feira (10) no Diário Oficial do Estado.
Segundo o texto, em cada uma das instituições, a reserva de vagas para estudantes com deficiência deve ser em quantidade igual a no mínimo o percentual de pessoas nessas condições no estado, segundo o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O projeto que originou a lei é de autoria das deputadas Andréa Werner (PSB) e Clarice Ganem (Podemos).
Segundo o último Censo do IBGE, a proporção de pessoas com deficiência com mais de 2 anos de idade na população é de 8,9% no Brasil e 7,9% no estado de São Paulo.
O percentual cai para 3,3% na faixa etária de 10 a 19 anos; 3,5% na de 20 a 29 anos; e 4,3% na de 30 e 39 anos. Só há aumento significativo na população acima de 50 anos, em que as pessoas com deficiência representam mais de 12% em todos os extratos. O texto não especifica se o critério de idade será usado.
Os dados educacionais das pessoas com deficiência são piores do que os da população sem deficiência. A taxa de analfabetismo de pessoas com deficiência no país, por exemplo, chegava a 21,3% em 2022, para as pessoas com 15 anos ou mais, segundo dados do Censo. O índice é quatro vezes maior do que o observado entre a população de 15 anos ou mais sem deficiência (5,2%).
As instituições de educação superior e de ensino técnico de nível médio terão prazo máximo de dois anos para o cumprimento integral do disposto na lei.
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Com 59,2% de crianças alfabetizadas em 2024, Brasil não atinge meta

O Brasil registrou 59,2% de crianças alfabetizadas até o fim do 2º ano do ensino fundamental na rede pública, conforme o padrão nacional de alfabetização.
O indicador ficou abaixo da meta estabelecida pelo governo federal, por meio do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, que era chegar a pelo menos 60% dos estudantes alfabetizados nesta etapa de ensino, em 2024.
O número foi apresentado nesta sexta-feira (11), pelo Ministério da Educação (MEC), e é resultado das avaliações aplicadas pelos estados entre outubro e novembro do ano passado.
Segundo o ministro da Educação, Camilo Santana, as fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul em abril e maio de 2024 foram responsáveis pela forte queda do índice de alfabetização no estado e, consequentemente, rebaixaram a média nacional, impedindo o alcance da meta.
“O Rio Grande do Sul caiu absurdamente. Se o Rio Grande do Sul tivesse, pelo menos, mantido o percentual de 2023, nós teríamos chegado à meta de 60,2%, em 2024, se não fosse a situação atípica de calamidade no estado. Isso afetou fortemente [o resultado]”, disse Camilo Santana.
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Em 2024, o número de crianças alfabetizadas no estado caiu de 63,4% para 44,7%. De acordo com o ministro, a situação atípica, quando as crianças não tinham condições de ir à escola, tem sido reparada com esforço conjunto dos governos federal, estadual e dos municípios. “A queda foi muito grande: 20%. A gente espera que se restabeleça e [a situação] volte aos padrões anteriores.”
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao MEC, considera alfabetizados os estudantes capazes de ler pequenos textos; compreender informações básicas e tirar conclusões, inclusive de materiais visuais, como de tirinhas e histórias em quadrinhos; e escrever textos simples, como convites ou bilhetes, mesmo com alguns erros ortográficos.
Resultados
Ao todo, 2 milhões de alunos de 42 mil escolas, em 5.450 municípios, participaram do estudo, a partir das avaliações estaduais.
Dos 5.312 municípios com resultados que puderam ser comparados em 2023 e 2024, 3.096 municípios (58%) aumentaram o percentual de alunos alfabetizados. E 2.018 municípios (53%) alcançaram a meta.
Das 26 unidades da federação, 11 atingiram a meta projetada para 2024. Apenas o estado de Roraima não participou do levantamento em 2024.
O estado com melhor percentual de alfabetização em 2024 foi o Ceará, que chegou a 85,3%, acima da meta de 80% estabelecida para 2030 pelo Compromisso Nacional Criança Alfabetizada do MEC.
Alcançaram de 70% a 80% de estudantes alfabetizados os seguintes estados:
- Goiás, com 72,7%,
- Minas Gerais, com 72,1%,
- Espírito Santo, com 71,7%,
- Paraná, com 70,4%.
Oito estados têm menos da metade das crianças alfabetizadas:
- Amazonas, com 49,2%;
- Alagoas, com 48,6%;
- Pará, com 48,2%;
- Amapá, com 46,6%,
- Rio Grande do Sul, com 44,7%,
- Rio Grande do Norte, com 39,3%,
- Sergipe, com 38,4%,
- Bahia, com 36%.
Recuperação
Camilo Santana disse que o MEC tem focado os trabalhos em localidades com os menores índices de alfabetização para que avancem nesse ponto. “São territórios prioritários [em] que já estamos mais presentes. Nas escolas, todo diálogo tem que estar ocorrendo constantemente. E agora estamos com uma projeção mais forte do ministério para se aprofundar nos antigos problemas e [para] a gente poder avançar.”
A secretária de Educação Básica do MEC, Kátia Schweickardt, destacou que cada um desses estados tem características e complexidades próprias, que estão sendo monitoradas de perto pelo MEC para melhorar os indicadores da alfabetização. Em alguns casos, além do trabalho semanal virtual, técnicos do ministério têm feito visitas aos municípios, por exemplo, do Amazonas e da Bahia.
“Temos a lista dos municípios prioritários por estado e a lista das escolas prioritárias, e eles [secretários de Educação] estão fazendo um trabalho dedicado em cada uma dessas regionais [de ensino]”, Kátia Schweickardt.
Segundo a secretária, o apoio federal aos estados e municípios tem sido dado desde o momento em que foram detectados os baixos índices de alfabetização. “Precisaríamos crescer 4 pontos percentuais para 2025. Agora, estamos trabalhando com 5%, no Brasil. E vai conseguir porque nós já estamos muito atentos e mobilizados”, acrescentou.
Compromisso
O Compromisso Nacional Criança Alfabetizada foi firmado pelo MEC com os 26 estados, mais o Distrito Federal. A iniciativa estabeleceu como meta nacional para 2030 que mais de 80% das crianças brasileiras estejam alfabetizadas no fim do 2º ano do ensino fundamental.
As metas intermediárias são: 64%, em 2025; 67%, em 2026; 71%, em 2027; 74%, em 2028; e 77%, em 2029.
De acordo com o MEC, também é prioridade a recuperação da aprendizagem das crianças do 3º, 4º e 5º anos do ensino fundamental afetadas pela pandemia da covid-19.
“A educação precisa estar acima de qualquer questão político-partidária neste país, precisa ser uma política de Estado, não de governo, porque o governo passa em quatro anos. A política de Estado permanece”, afirmou o ministro Camilo Santana.
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Inscrições do Fies para este semestre começam na segunda-feira

As inscrições para o processo seletivo deste semestre do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) poderão ser feitas a partir da próxima segunda-feira (14). O prazo termina às 23h59 do dia 18 de julho, no horário de Brasília.
As datas estão previstas em edital publicado pelo Ministério da Educação (MEC), nesta quarta-feira (9).
As inscrições são gratuitas. Os interessados deverão se inscrever exclusivamente pelo Portal Único de Acesso ao Ensino Superior.
Desde 2001, o programa federal financia a graduação em instituições de educação superior privadas, com avaliação positiva no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), com o objetivo de promover a inclusão educacional.
Neste ano, o MEC oferece 112.168 vagas para o Fies, sendo 67.301 vagas, no primeiro semestre; e 44.867, na segunda metade do ano.
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Quem tem direito:
Os candidatos em obter o financiamento estudantil devem atender aos seguintes requisitos:
- Ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a partir da edição de 2010;
- Nas cinco provas do Enem, ter conquistado média aritmética das notas igual ou superior a 450 pontos e não ter zerado a prova de redação;
- Ter renda bruta familiar mensal por pessoa de até três salários mínimos (R$ 4.554, em 2025).
Fies Social
O edital do processo seletivo reserva 50% das vagas para o Fies Social, lançado em 2024. Para concorrer, os candidatos devem ter inscrição ativa no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico) e renda familiar por pessoa de até meio salário mínimo (R$ 759, em 2025).
A nova modalidade lançada pelo MEC permite financiamento de até 100% dos encargos educacionais, cobrados pela instituição de ensino superior, além de reservar cotas para pretos, pardos, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência.
Classificação
A classificação no processo seletivo do Fies será realizada de acordo com a ordem decrescente das notas obtidas pelos candidatos no Enem, por tipo de vaga, grupo de preferência e modalidade de concorrência.
A ordem de prioridades considera os que candidatos que:
- Não concluíram o ensino superior e não foram beneficiados pelo financiamento estudantil;
- Foram beneficiados pelo financiamento estudantil, mas não o quitaram;
- Concluíram o ensino superior sem financiamento estudantil;
- Concluíram o ensino superior com financiamento estudantil e o quitaram.
Resultados
O Fies tem chamada única e lista de espera. O resultado com os nomes dos pré-selecionados na chamada única será divulgado no dia 29 de julho.
Aqueles estudantes de graduação que não forem pré-selecionados estarão automaticamente na lista de espera para preenchimento das vagas não ocupadas, observada a ordem de classificação.
A pré-seleção da lista de espera ocorrerá de 5 de agosto a 19 de setembro.
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