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Estudantes lotam estádio em Macapá para reforço às vésperas do Enem

Nesta sexta-feira (10), 5 mil estudantes de escolas públicas do Amapá ocupam as arquibancadas do Estádio Estadual Milton de Souza Corrêa, conhecido como Zerão, em Macapá. O motivo não é uma partida de futebol, mas o último aulão antes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que será neste domingo (12). Os professores subiram em um palco montado para a ocasião, e as dicas estão sendo transmitidas em telões para os estudantes.
“Os estudantes fazem a última revisão com a gente e, depois, a recomendação é relaxar: ter, no sábado, um momento de lazer com a família, com os amigos, dar uma volta, cuidar do psicológico”, diz Márcio Costa, professor de matemática da rede estadual de ensino, que também integra a Central do Enem, vinculada ao governo e responsável pelos aulões.
No domingo, os candidatos ao Enem farão as provas de matemática e de ciências da natureza. Eles terão, ao todo, 5 horas para resolver 90 questões objetivas. Professores dessas disciplinas é que conduzem a revisão de hoje. Faculdades parceiras do estado elaboraram um caderno de questões, com os assuntos mais cobrados nas provas do Enem ao longo dos anos, e esses impressos foram entregues aos alunos, que acompanham a resolução no estádio.
Segundo Costa, o projeto nasceu pequeno, em 2016, quando as aulas de revisão eram feitas na Igreja Jesus de Nazaré. No ano seguinte, com mais estudantes interessados, os aulões passaram a ser realizados no Teatro das Bacabeiras, localizado no centro de Macapá, com capacidade para 750 pessoas. “E, para nossa surpresa, nesse período de revisão no final do ano, o teatro ficou pequeno. Comparecia um número grande de alunos, que ficavam em pé, do lado de fora.” Foi preciso colocar telão do lado de fora, e o projetopassou a ser realizado no estádio, no formato atual.
Além dos aulões às vésperas do Enem, o estado oferece aulas voltadas para o Enem ao longo de todo o ano em escolas polo, tanto na capital quanto em Santana. A ideia é que, no próximo ano, os 16 municípios do Amapá contem com os aulões. Podem participar tanto alunos quanto ex-alunos das escolas públicas.
Amazonas
Os estudantes da rede pública do Amazonas também tiveram aulões preparatórios para o exame, oferecidos pela rede estadual. “São basicamente resoluções de problemas de listas de exercícios, além de estratégias de resolução da prova, como a eliminação de opções de resposta apenas pela leitura do enunciado, para chegar à resposta correta”, explica o professor de matemática Leovegildo Morais, da Escola Estadual Professora Sebastiana Braga, em Manaus.
Morais ressaltou que os aulões ajudaram os estudantes a recuperar a aprendizagem de conteúdos nos quais tinham mais dificuldade ou foram prejudicados durante a pandemia.
“De modo geral, os aulões envolvem todas as matérias e são baseados naquelas [questões] que caem recorrentemente no Enem. Cada professor tem um tempo específico para falar um pouco sobre a sua disciplina e dar uma geral de estratégias e maneiras de ganhar tempo na prova”, diz o professor.
Segundo ele, saber administrar o tempo de prova é o segredo para se sair bem no exame. “É uma prova longa. Então, ganha-se tempo com a estratégia correta, o que ajuda a otimizar a prova em si e até a ter, no final da prova, tempo para dar uma revisada e ver se está tudo de acordo.”
Revisão na internet
Os aulões são práticas recorrentes, tanto nas redes de ensino públicas e particulares quanto nos cursinhos preparatórios para o Enem e para vestibulares. Em formato presencial ou online, aulões representam uma opção para quem quer repassar o conteúdo antes do exame.
Para aqueles que procuram conteúdos na internet, os professores aconselham que a busca seja feita em sites confiáveis. Primeiro, é preciso buscar informações sobre quem produziu aquele conteúdo, se está ligado a alguma escola ou cursinho de confiança. Uma solução é buscar conteúdos das próprias redes de ensino.
“Se o estudante souber filtrar esses conteúdos, ele vai encontrar uma quantidade muito grande de bons conteúdos na internet. Existem canais do YouTube que são reconhecidos. A própria Central do Enem tem um canal YouTube, onde podem encontrar conteúdos separados por áreas do conhecimento”, diz Costa.
Outra dica é consultar os professores e pedir indicações. “Eu indico nomes que já vi e sei como a didática é trabalhada, sei os direcionamentos que são dados nos vídeos e sei que os estudantes podem tirar proveito. Para o aluno, isso é importante”, acrescenta o professor. Os vídeos permitem que os alunos pausem, avancem, assistam aos conteúdos no ritmo que desejarem, e isso pode ajudar na aprendizagem.
Enem 2023
O Exame Nacional do Ensino Médio de 2023 começou a ser aplicado no último domingo (5), com as provas de linguagens e ciências humanas e a redação. As provas continuam neste domingo em mais de 1,7 mil municípios de todo o país. Mais de 3,9 milhões de candidatos estão inscritos e cerca de 2,8 milhões compareceram ao primeiro dia de prova.
As notas do Enem podem ser usadas para concorrer a vagas em universidades públicas pelo Sistema Seleção Unificada (Sisu), a bolsas de estudo em instituições privadas de ensino superior pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e para obter financiamento estudantil pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Podem ser usadas também para acessar o ensino superior em universidades estrangeiras.
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Instituto abre inscrições para projeto de astronomia para meninas

Meninas de todo o Brasil interessadas em ciência e em astronomia já podem se inscrever no projeto Astrominas, que oferece formação básica nesses conteúdos e ainda adianta algumas questões que elas vão encontrar quando chegarem à universidade. Realizado pelo Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo, o projeto é voltado para estudantes matriculadas em escolas públicas ou privadas de todo o Brasil, que tenham entre 14 e 17 anos.
As atividades online são conduzidas por “fadas madrinhas”: pesquisadoras graduadas, mestras, doutoras e pós-doutoras, principalmente da USP, mas também de outras universidades. A princípio, o Astrominas oferece 400 vagas, mas esse número pode aumentar conforme novas voluntárias sejam inseridas no projeto.
O objetivo final é estimular o ingresso de mais meninas nas áreas científicas, considerando a grande disparidade de gênero.
“A Academia ainda é um ambiente hostil. Por mais que a gente tenha avançado bastante em muitos aspectos, falta equidade. Então, devemos preparar estas meninas para que elas saibam qual é a luta. Qual é a agenda que as aguarda? Quais direitos temos e quais são aqueles que devemos conquistar? Temos sim um papel combativo e político-social”, ressalta a professora Elysandra Cypriano, que coordena o Astrominas.
As inscrições podem ser feitas até o dia 8 de junho por formulário específico. A formação será realizada entre os dias 17 de julho e 1º de agosto. O conteúdo não será transmitido ao vivo, mas as estudantes selecionadas deverão reservar de três a quatro horas diárias para se dedicar às atividades. As participantes ativas em todas as atividades obrigatórias receberão um certificado digital da USP.
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Decreto define medicina, direito e odonto como cursos presenciais

Os cursos superiores de medicina, direito, odontologia, enfermagem e psicologia devem ser ofertados exclusivamente no formato presencial. A medida, determinada pelo decreto da Nova Política de Educação a Distância (EAD), assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na manhã desta segunda-feira (19), em Brasília, também determina que os demais cursos da área de saúde e licenciaturas deverão ser ofertadas nos formatos presencial ou semipresencial (híbrido).
De acordo com o Ministério da Educação (MEC), o foco do novo marco regulatório é “o estudante e a valorização dos professores: a garantia de infraestrutura nos polos, a qualificação do corpo docente, a valorização da interação e mediação para uma formação rica e integral, independentemente da distância física.”
Na cerimônia no Palácio do Planalto, o ministro da Educação, Camilo Santana, disse que o marco regulatório traz regras mais claras para garantir qualidade da oferta.
“Nós acreditamos que a educação a distância pode proporcionar ao estudante uma experiência rica quanto aos demais cursos, desde que haja um efetivo compromisso de todos com o processo de ensino e aprendizagem, que se estabelece nesse modelo”, diz Camilo Santana.
As instituições de ensino superior terão dois anos de transição para adaptação gradual dos cursos.
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Presidente assinou decreto durante evento no Palácio do Planalto – Ricardo Stuckert/PR
Novidades
De acordo com o ministro Camilo, as principais novidades da política são:
- as aulas online ao vivo deverão ter um máximo de 70 alunos por professor ou mediador pedagógico, para valorização destes profissionais;
- criação do modelo semipresencial, com atividades presenciais físicas e atividades virtuais ao vivo (síncronas) mediadas.
- mais atividades presenciais e avaliações, com infraestrutura física e tecnológica adequada nos polos EAD.
Os polos de EAD serão reconhecidos como espaços acadêmicos de apoio, devendo atender a requisitos mínimos de infraestrutura física e tecnológica, como salas de coordenação, ambientes de estudo, laboratórios e acesso à internet. Não será permitido o compartilhamento de polos entre instituições de ensino superior.
O decreto cria, ainda, o cargo de mediador pedagógico, com formação compatível com o curso e vínculo formal com a instituição de ensino. O número destes profissionais deverá ser informado no Censo da Educação Superior, anualmente. A função de um mediador pedagógico será diferente da do tutor, que era limitada a tarefas administrativas.
Outra determinação do decreto é a existência de pelo menos uma avaliação presencial a cada disciplina curricular, que deverá representar a maior parte da nota final, inclusive em cursos EAD.
Formatos das aulas
O decreto permite a modalidade semipresencial para cursos superiores, a exemplo dos cursos de licenciatura e da área de saúde, que poderão ser ofertados nesse formato, mas que terão limites para a carga horária virtual.
Em resumo, os três formatos contemplados pelo novo marco regulatório são:
- presenciais: caracterizado pela oferta majoritária de carga horária presencial física, com limite de até 30% de EAD;
- semipresenciais: atividades presenciais físicas (estágio, extensão, práticas laboratoriais) e virtuais ao vivo (síncronas) mediadas, além de carga horária a distância;
- a distância: caracterizado pela oferta preponderante de carga horária a distância. Antes, não havia limite mínimo para atividades presenciais. Com o novo decreto, este limite mínimo passa a ser de 20% atividades presenciais e/ou online (síncronas) mediadas, com a exigência de provas presenciais.
O controle de frequência dos estudantes é obrigatório.
Relembre
Em junho de 2024, o MEC suspendeu a criação de novos cursos de graduação a distância, novas vagas e polos até 10 de março de 2025.
A medida teve o objetivo de reformular os referenciais de qualidade da EAD e criar um novo marco regulatório para oferta de cursos de graduação na modalidade EaD pelas instituições de ensino superior.
EAD em números
O MEC aponta que, no período de 2018 a 2023, os cursos a distância cresceram 232% no país.
Em 2023, o número de ingressantes em cursos EAD foi o dobro dos ingressantes nos cursos presenciais. De acordo com o Censo da Educação Superior 2023, divulgado em outubro de 2024 pelo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, na modalidade de EAD, a oferta de vagas foi de 77,2% (19.181.871); já as presenciais representaram 22,8% (5.505.259).
Se considerada somente a rede pública de ensino superior, a maior parte dos ingressos ocorreu nas graduações presenciais: 85% (481.578). Os outros 15% (87.511) são alunos de cursos a distância.
Na rede privada, a situação se inverte: 73% (3.226.891) dos ingressos em cursos de ensino superior foram na modalidade EAD, enquanto 27% (1.198.012) ingressaram em cursos presenciais.
Dos 5.570 municípios do Brasil, 3.392 deles têm estudantes matriculados em cursos de EAD. Esses municípios representam 93% da população brasileira.
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Termina hoje prazo para cursinhos populares enviarem propostas ao MEC

Termina nesta sexta-feira (16), às 18h, o prazo para que os cursinhos populares e comunitários inscrevam suas propostas para a Rede Nacional de Cursinhos Populares (CPOP). O prazo terminaria nesta quarta-feira (14) e foi prorrogado pelo Ministério da Educação (MEC) pela segunda vez.
O objetivo da política pública de apoio é garantir suporte técnico e financeiro aos cursinhos pré-vestibulares para garantir a preparação dos estudantes da rede pública para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e para as demais provas de ingresso em instituições de ensino superior (IES).
O foco da iniciativa está nos alunos que estão saindo ensino médio público, além dos de baixa renda, negros, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência (PCD).
Conforme edital lançado em abril pelo Ministério da Educação (MEC) e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a iniciativa selecionará até 130 propostas de cursinhos populares.
Inscrições
As inscrições dos cursinhos populares e comunitários devem ser feitas exclusivamente na plataforma virtual de seleção Prosas.
Para facilitar o processo de inscrição, a plataforma disponibilizou tutoriais com orientações sobre passo a passo aos interessados, que também podem entrar em contato com o suporte técnico da Prosas pelo e-mail cooperacaosocial@fiocruz.br.
As propostas salvas como rascunho deverão ser finalizadas e enviadas até essa data.
Podem participar do processo tantos os cursos pré-universitários populares formalmente instituídos, com Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), como os informais. No caso dos não formalizados, os cursinhos devem se inscrever por meio de uma instituição operadora com tenham firmado acordo de parceria.
A instituição operadora será responsável pela inscrição e apoio à gestão das propostas dos cursinhos populares informais. Cada apoiadora poderá apoiar até dez propostas de cursinhos populares.
Para saber os detalhes do que deve constar nas propostas, os responsáveis pelos cursinhos podem consultar o edital de chamada pública nº. 01/2025.
Apoio financeiro
A partir da assinatura de termo de adesão à rede, o apoio técnico e financeiro aos cursinhos populares selecionados terá duração de sete meses e será de, no máximo, R$ 163,2 mil.
Neste valor estão incluídos o auxílio permanência aos estudantes e o custeio do material didático gratuito para a preparação dos alunos, formação e capacitação de professores e gestores.
O investimento inicial do governo federal será de R$ 24,8 milhões, no ciclo 2025-2026, para a rede de cursinhos. Devem ser beneficiados, já no primeiro ano, cerca de 5,2 mil estudantes do Brasil.
O MEC calcula que até 2027, o valor global chegará a R$ 99 milhões, com aproximadamente 324 cursinhos populares apoiados.
Resultado
O processo de seleção das proposições dos cursinhos populares ocorre em três etapas: análise de documentos; análise técnica, pontuação e classificação das propostas; e seleção da proposição.
Conforme o edital, os resultados de cada uma das três fases serão divulgados nos sites do MEC, da Fiocruz, Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde (Fiotec) e da plataforma Prosas.
Os cursos selecionados serão conhecidos em 6 de junho. A previsão para que as instituições assinem o termo de adesão para início de concessões de bolsas é 19 de junho.
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