Internacional
Satélite da Coreia do Norte cai no mar; há mais lançamentos previstos

O lançamento de um satélite norte-coreano nesta quarta-feira (31) terminou em fracasso, fazendo com que o propulsor e a carga mergulhassem no mar, informou a mídia estatal da Coreia do Norte. Militares sul-coreanos disseram ter recuperado partes do veículo de lançamento.
O novo foguete de lançamento de satélite Chollima-1 falhou devido à instabilidade no motor e no sistema de combustível, informou a agência de notícias estatal KCNA.
O voo foi a sexta tentativa de lançamento de satélite do país com armas nucleares, e o primeiro desde 2016. Ele deveria colocar o primeiro satélite espião da Coreia do Norte em órbita.
Isso gerou alertas de emergência e breves avisos de retiradas em partes da Coreia do Sul e do Japão. Os avisos foram suspensos sem nenhum perigo ou dano relatado.
O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul disse que os militares estavam conduzindo uma operação de salvamento para recuperar o que se acredita serem partes do veículo de lançamento espacial.
Os militares compartilharam fotos de um grande objeto cilíndrico flutuando no mar a cerca de 200 quilômetros (km) da costa oeste da ilha de Eocheongdo.
George William Herbert, professor adjunto do Centro de Estudos de Não Proliferação e consultor de mísseis, disse que as imagens mostraram pelo menos parte de um foguete, incluindo uma seção “interestágio” projetada para se conectar a outro estágio.
É mais provável que seja um foguete de combustível líquido, e um objeto marrom redondo dentro é provavelmente um tanque propelente para combustível ou oxidante, acrescentou Herbert.
Autoridades de Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul realizaram uma ligação telefônica em que “condenaram veementemente” o lançamento, disse o Ministério das Relações Exteriores do Japão.
“Os três países se manterão vigilantes com elevado sentido de urgência”, informou o comunicado.
A Coreia do Norte disse que lançaria seu primeiro satélite de reconhecimento militar entre 31 de maio e 11 de junho para aumentar o monitoramento das atividades militares dos EUA.
Na semana passada, a Coreia do Sul colocou satélites em órbita com um foguete projetado e produzido domesticamente pela primeira vez, e a China enviou três astronautas para sua estação espacial como parte da rotação da tripulação na terça-feira (30).
O foguete norte-coreano mergulhou no mar “depois de perder impulso devido à partida anormal do motor no segundo estágio”, informou a KCNA, em uma admissão incomum de uma falha técnica da Coreie do Norte.
A Administração Nacional de Desenvolvimento Aeroespacial de Pyongyang investigará os “defeitos graves” e tomará medidas para superá-los antes de realizar um segundo lançamento o mais rápido possível, segundo a KCNA.
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Internacional
“Financiamento climático não é caridade”, diz diretora da COP30

O II Fórum de Finanças Climáticas e de Natureza (FFCN) começou nesta segunda-feira (26) no Rio de Janeiro para debater estratégias que conciliem desenvolvimento socioeconômico e sustentabilidade.
A diretora executiva da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), Ana Toni, destacou os esforços feitas pela presidência brasileira para engajar os países mais ricos no financiamento da descarbonização global.
“Conseguir um maior fluxo de financiamento dos países desenvolvidos para os países em desenvolvimento não é boa ação, bondade, caridade. O interesse em mobilizar até 1,3 trilhão de dólares para os países em desenvolvimento deveria ser dos desenvolvidos, que não estão liberando esse recurso”, disse Ana Toni.
“Se o recurso não vier para os países em desenvolvimento, a gente não vai ter como contribuir na descarbonização. Deveria ser interesse de todos isso. É uma responsabilidade de todos: países, bancos multilaterais, bancos privados, setor privado. Se não, a gente não vai conseguir”, complementou.
O evento, que terá mais debates na terça-feira (27), é organizado por sete instituições da sociedade civil — Instituto Arapyaú, Instituto AYA, Instituto Clima e Sociedade (iCS), Instituto Igarapé, Instituto Itaúsa, Open Society Foundations e Uma Concertação pela Amazônia.
A proposta é reunir representantes do setor público, iniciativa privada, instituições financeiras, agências multilaterais, academia, organizações da sociedade civil e imprensa. A segunda edição do Fórum pretende criar ambientes institucionais e regulatórios que favoreçam o investimento em tecnologias e práticas sustentáveis.
Entre as linhas de ação está debater financiamento de projetos que unam clima, natureza, desenvolvimento e econômico, com retorno positivo para sociedade e investidores.
Uma das contribuições ao debate veio de Marcele Oliveira, escolhida pelo governo brasileiro como “Campeã Climática da Juventude”. A função envolve liderar a participação dos jovens nas políticas climáticas e na negociação de ações concretas de combate ao aquecimento global.
“Não dá para falar de TFFF [Fundo Florestas Tropicais para Sempre], sem falar das juventudes que estão nas florestas. Não dá para falar de novos acordos, dos 10 anos do Acordo de Paris, sem considerar as pessoas que estão esperando os resultados dessas agendas nos seus territórios. Não faz sentido”, disse Marcele Oliveira.
“Discutir o sistema financeiro é importante, mas precisamos pensar que o financiamento de verdade é aquele que se mostra verdadeiramente eficiente, transparente, equitativo, participativo e considera as juventudes locais”, complementou.
Internacional
Extrema-direita confronta palestinos em marcha anual em Jerusalém

Uma grande manifestação em Jerusalém para marcar a tomada do leste da cidade por Israel na guerra de 1967 transformou-se em caos nesta segunda-feira (26), quando judeus israelenses de extrema-direita confrontaram e agrediram palestinos, israelenses e jornalistas, relataram testemunhas.
A Marcha da Bandeira é um evento anual e atraiu milhares de pessoas que cantavam, dançavam e agitavam bandeiras israelenses logo após a visita do ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, de extrema-direita, ao complexo da mesquita de Al-Aqsa, ponto de tensão entre israelenses e palestinos há muito tempo.
Segundo testemunha da Reuters, a violência eclodiu na murada Cidade Velha de Jerusalém Oriental pouco depois do meio-dia, quando jovens manifestantes começaram a assediar os poucos lojistas palestinos que ainda não haviam fechado suas lojas antes da manifestação.
Os extremistas, em sua maioria jovens israelenses que vivem em assentamentos na Cisjordânia ocupada por Israel, começaram então a atacar ativistas israelenses de esquerda e jornalistas que observavam a manifestação.
Eles gritavam slogans nacionalistas e pediam violência contra os palestinos, cantando “morte aos árabes”.
Um grupo de jovens colonos cuspiu em uma mulher palestina e jornalistas, e a polícia israelense que estava por perto não interveio, afirmou a testemunha da Reuters.
As autoridades policiais não responderam a um pedido de comentário. Nenhuma prisão foi registrada até o final da tarde.
Relatos
Um policial no local disse que os jovens extremistas israelenses não poderiam ser presos porque eram menores de 18 anos.
Moshe, um colono israelense de 35 anos da Cisjordânia e apoiador do atual governo de direita, caminhou por um bairro palestino da Cidade Velha com um rifle e sua filha nos ombros.
Foi um “dia muito feliz” porque toda Jerusalém estava “sob o governo de Israel”, disse ele, recusando-se a informar seu sobrenome.
O líder da oposição de esquerda, Yair Golan, ex-comandante adjunto das Forças Armadas, descreveu as imagens de violência na Cidade Velha como “chocantes”.
Em um comunicado, ele afirmou que “amar Jerusalém não se parece com isso. O ódio, o racismo e o bullying é que se parecem com isso”.
“Manteremos Jerusalém unida, íntegra e sob a soberania israelense”, disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em uma reunião de gabinete realizada em Jerusalém Oriental no início desta segunda-feira.
Um porta-voz da presidência palestina sediada na Cisjordânia condenou a marcha e a visita de Ben Gvir a Al-Aqsa.
“[A guerra em Gaza,] as repetidas incursões no complexo da mesquita de Al-Aqsa e os atos de provocação, como o hasteamento da bandeira israelense na Jerusalém ocupada, ameaçam a estabilidade de toda a região”, disse Nabil Abu Rudeineh em um comunicado.
Os confrontos se intensificaram durante todo o dia quando ativistas israelenses de esquerda intervieram para escoltar os palestinos para longe dos jovens judeus israelenses de extrema-direita que ameaçavam os transeuntes.
Jornalistas que cobriam a manifestação foram repetidamente assediados e, em alguns casos, agredidos, disse a testemunha da Reuters.
Visita polêmica
Mais cedo, Ben Gvir visitou o complexo da mesquita Al-Aqsa na Cidade Velha murada, conhecida pelos judeus como Monte do Templo e pelos árabes como o Nobre Santuário — terceiro local mais sagrado do Islã.
Em um vídeo filmado no complexo, Ben Gvir disse que o local estava sendo inundado pelos judeus. “Hoje, graças a Deus, já é possível orar no Monte do Templo”, disse ele.
Sob um acordo de décadas, o complexo é administrado por um fundo islâmico jordaniano. Os judeus, que consideram o complexo como local de dois templos antigos, têm permissão para visitá-lo, mas não para orar.
Ben Gvir, cuja visita foi condenada pela Autoridade Palestina e pela Jordânia, vem pressionando, junto com integrantes da extrema-direita em Israel, pelo direito de oração dos judeus no local.
A Flag March deste ano coincidiu novamente com a guerra em Gaza, agora em seu 20º mês, e com a escalada das operações militares israelenses contra militantes palestinos na Cisjordânia, onde ataques de colonos contra residentes palestinos estão se intensificando.
A marcha frequentemente eleva a tensão à medida que judeus ultranacionalistas entram em áreas palestinas da Cidade Velha murada de Jerusalém a caminho do Muro das Lamentações, um dos locais mais sagrados do judaísmo, ao lado do complexo da mesquita.
A manifestação de 2021 levou a uma breve guerra entre Israel e o grupo militante islâmico palestino Hamas, que desencadeou a atual guerra em Gaza com seu ataque de outubro de 2023 às comunidades do Sul de Israel.
Entenda
Israel conquistou Jerusalém Oriental – incluindo a Cidade Velha – da Jordânia na guerra do Oriente Médio de 1967. Os palestinos buscam estabelecer Jerusalém Oriental como a capital de um futuro Estado que incluiria a Cisjordânia e Gaza.
A maioria dos países considera Jerusalém Oriental um território ocupado e não reconhece a soberania israelense sobre ele. Já Israel considera Jerusalém como sua capital eterna e indivisível.
Em 2017, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconheceu toda Jerusalém como a capital de Israel e transferiu a embaixada dos EUA de Tel Aviv para lá.
No domingo, o embaixador dos EUA Mike Huckabee, um cristão evangélico, parabenizou Israel pelo que chamou de reunificação da cidade há 58 anos.
Reportagem adicional de Lee Marzel
Internacional
Trump diz que Putin ficou “absolutamente louco” e analisa mais sanções

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, disse que Vladimir Putin ficou “absolutamente louco” ao desencadear o maior ataque aéreo da guerra contra a Ucrânia. Acrescentou que está avaliando novas sanções contra Moscou, embora também tenha repreendido o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Trump publicou o comentário no Truth Social, enquanto ucranianos acordavam para uma terceira noite consecutiva de ataques aéreos russos, ouvindo por horas drones zumbindo perto de suas casas e explosões de fogo antiaéreo ucraniano.
A Força Aérea ucraniana disse que a Rússia lançou 355 drones e nove mísseis de cruzeiro contra a Ucrânia durante a noite, uma enorme salva que, segundo o porta-voz da Força Aérea, foi o maior ataque de drones da Rússia na guerra até o momento.
“Algo aconteceu com ele (Putin). Ele ficou absolutamente LOUCO!”, disse Trump sobre o presidente russo no Truth Social, referindo-se ao ataque da Rússia na noite anterior.
“Eu sempre disse que ele quer TODA a Ucrânia, não apenas um pedaço dela, e talvez isso esteja se mostrando correto, mas se ele conseguir, isso levará à queda da Rússia!”
Trump também criticou Zelenskiy, postando que o líder ucraniano “não está fazendo nenhum favor ao seu país ao falar do jeito que fala. Tudo o que sai de sua boca causa problemas, não gosto disso e é melhor que pare”.
O Kremlin, questionado sobre os comentários específicos de Trump sobre Putin ser “louco”, agradeceu ao povo dos EUA e a Trump pessoalmente por sua assistência no lançamento das negociações de paz, mas sugeriu que Trump e outros poderiam estar emocionalmente sobrecarregados.
“Este é um momento muito crucial, que está associado, é claro, à sobrecarga emocional de todos e a reações emocionais”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
A Força Aérea ucraniana afirmou que o terceiro ataque aéreo russo consecutivo atingiu alvos em cinco locais, mas não entrou em detalhes, o que implica danos militares.
Um garoto de 14 anos ficou ferido na região de Odessa, no Mar Negro. Segundo as autoridades, prédios residenciais e instalações industriais foram danificados no oeste da Ucrânia.
O Kremlin disse que os ataques à Ucrânia foram direcionados a alvos militares e uma resposta a ataques ucranianos significativos a alvos civis russos.
Zelensky, em um post no X, não abordou diretamente as críticas de Trump, mas disse que o mundo parecia estar se esforçando mais no diálogo com Putin do que exercendo pressão real sobre o chefe do Kremlin.
A Rússia, declarou Zelensky, só pode ser restringida pela força, e pediu novamente sanções adicionais contra o país.
“Não estou feliz”
Falando aos repórteres no aeroporto de Morristown, em Nova Jersey, Trump disse sobre Putin: “Não sei o que há de errado com ele. Que diabos aconteceu com ele. O que aconteceu? Ele está matando muitas pessoas. Não estou feliz com isso”.
O presidente norte-americano levantou a possibilidade de impor mais sanções à Rússia em resposta aos ataques.
No maior ataque aéreo da guerra, a Rússia bombardeou cidades ucranianas e outros alvos com pelo menos 367 drones e mísseis durante a noite e o domingo, matando pelo menos 12 pessoas, incluindo três crianças na região norte de Zhytomyr, segundo autoridades ucranianas.
O ataque russo foi o maior da guerra em termos de armas disparadas, embora outros ataques tenham matado mais pessoas.
Trump tem pressionado a Rússia e a Ucrânia para acabar com a guerra de mais de três anos, mas os dois lados continuam distantes — e enquanto as principais potências conversam, a guerra está se intensificando e as forças russas estão avançando no leste da Ucrânia.
(Reportagens adicionais de Dmitry Antonov, Yulia Dysa, Jeff Mason e Steve Holland)
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